Protesto dos agricultores chegou à Ponte de Vila Franca

Dezenas de tractores desfilaram, esta manhã, em marcha-lenta, na Recta do Cabo (Porto Alto-Vila Franca de Xira) e bloquearam, depois, temporariamente, a circulação numa das faixas da Ponte Marechal Carmona. Alguns dos participantes neste protesto de agricultores da lezíria ribatejana ainda ventilaram a possibilidade de entrarem na Auto-estrada do Norte, mas essa iniciativa não lhes foi permitida pela PSP presente no local.

Os agricultores ribatejanos aderiram, assim, ao protesto do sector que se tem multiplicado por todo o País. Joaquim Madaleno, um dos agricultores envolvidos, afiançou que se tratou de um “movimento espontâneo” que rapidamente conseguiu uma grande adesão, porque os agricultores estão muito descontentes com as políticas europeias para o sector e com a actuação do Ministério da Agricultura.

Joaquim Madaleno defendeu que a Europa não pode continuar a abrir livremente os seus mercados a produtos desenvolvidos noutros continentes, especialmente na América do Sul, onde não são exigidos/cumpridos os parâmetros de qualidade e de utilização de produtos químicos seguidos pela União Europeia.

Os agricultores da Lezíria ribatejana reclamaram, também, medidas de apoio e de redução dos custos dos factores de produção, que “dispararam” nos últimos anos. “Não está aqui nenhuma associação, somos um grupo independente de agricultores. Quando há necessidade, os agricultores manifestam o seu descontentamento”, referiu.

Cerca das 9h15, dezenas de tractores pararam a circulação na Ponte Marechal Carmona e seguiram, depois, em marcha lenta pela Recta do Cabo, acompanhados pela PSP. Protestos semelhantes continuam a decorrer em vários pontos do país, apesar dos compromissos de apoio já ontem assumidos pela ministra da Agricultura.

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