Autarcas do PS pedem reuniões à tutela da Saúde
Os presidentes da Câmara de Vila Franca de Xira e das seis juntas de freguesia do concelho subscrevem um ofício conjunto em que solicitam audiências ao ministro da Saúde e ao diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para discutir os problemas agravados de falta de médicos de família no concelho. O tema voltou, também, à reunião de hoje da Câmara vila-franquense, com a CDU acusar o PS de estar a responder tardiamente e os socialistas a reafirmarem que o problema é generalizado na região de Lisboa.
“Desde o início do presente ano que o número de utentes sem médico de família no concelho de Vila Franca de Xira tem vindo a agravar-se significativamente”, sustenta o executivo camarário vila-franquense, afirmando que as autarquias locais tudo fizeram para “facilitar e multiplicar” o acesso das pessoas ao SNS, com a criação de balcões SNS24. Sublinhando que, desde o início do ano de 2023, a Unidade de Saúde Familiar e o Centro de Saúde de Alhandra dicaram com a totalidade dos 15.137 inscritos sem médico de família.
E que em igual situação estão 11 361 inscritos na Unidade de Saúde do Forte da Casa, a Câmara de Vila Franca mostra-se, igualmente, preocupada com a correta divulgação dos serviços prestados pelos centros de saúde locais. Já na sessão camarária desta quarta-feira, a CDU, pela voz do vereador Nuno Libório, acusou o PS, no Governo e na Câmara, de ser responsável pela situação a que chegaram os cuidados de saúde primários no concelho, onde, referiu, já serão mais de 70 mil os habitantes sem médico de família atribuído.
Fernando Paulo Ferreira, presidente da edilidade vila-franquense, assumiu que está a ser mesmo muito difícil encontrar médicos de família disponíveis para prestar serviço nesta região e que há alguma expectativa de que venha a ser possível criar um segundo serviço de atendimento complementar no norte do concelho ou disponibilizar uma “bateria” de consultas de recurso para utentes sem médico.
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