Vereador do PSD defende “proibição” da SAD no Cevadeiro

David Pato Ferreira, vereador da Coligação Nova Geração na Câmara de Vila Franca de Xira, defendeu que, face às últimas declarações de responsáveis da SAD do Vilafranquense, esta devia ser impedida de utilizar o Campo do Cevadeiro até final da época. O presidente da Câmara, Fernando Paulo Ferreira, adiantou que vai reunir com a comissão administrativa do clube e que os serviços jurídicos da autarquia vão analisar a proposta do vereador social-democrata.

O tema “SAD do Vilafranquense” esteve em foco na última reunião camarária, com Fernando Paulo Ferreira a vincar que, perante os últimos desenvolvimentos, falou com o presidente da comissão administrativa do clube (Márcio Oliveira), que lhe deu conta que a União Desportiva Vilafranquense (clube) dará continuidade à prática do futebol na próxima época.

“A saída da SAD não põe em causa os planos de requalificação do complexo desportivo no âmbito do protocolo em vigor e em articulação com a União Desportiva Vilafranquense”, afiançou o edil. Também Anabela Barata Gomes, vereadora da CDU, se referiu ao tema, questionando qual é o “posicionamento” do executivo camarário face aos últimos desenvolvimentos desta situação.

“Pode o senhor presidente garantir que não serão prejudicados os interesses do clube e do município? Os compromissos já assumidos ficarão em causa?”, questionou Anabela Barata Gomes, lembrando também os objectivos de remodelação do Campo do Cevadeiro. David Pato Ferreira, vereador da coligação Nova Geração, foi mais longe, frisando que “todo este processo foi conduzido, no mínimo, de uma forma dúbia.

Deliberações da assembleia-geral que não foram tidas em conta, alienações que aconteceram sem a aprovação dos sócios. Um conjunto de questões que compete aos sócios da UDV analisar. Mas que, na minha opinião, enquanto vereador, não posso deixar de denunciar”, vincou. Depois, o eleito social-democrata lembrou que a UDV utiliza um espaço camarário (Cevadeiro) e que está protocolada a sua utilização ao serviço da população.

“Mas, tendo em conta as notícias recentes, a Câmara pretende permitir que uma SAD que já disse que se vai embora e que resolveu atacar tudo e todos, desde a Câmara aos vila-franquenses e às pessoas do clube, continue até final da época a utilizar aquelas instalações? De radical tenho pouco, mas não tenho nervos de aço”, frisou David Pato Ferreira, considerando que a Câmara deveria avaliar e esgotar as possibilidades de impedir a SAD de utilizar o complexo do Cevadeiro já a partir desta semana.

Bárbara Fernandes, vereadora do Chega, defendeu que, “para que consigamos dotar o clube das condições de que precisa para desenvolver a sua actividade, é preciso avançar urgentemente como o novo complexo desportivo”. Fernando Paulo Ferreira afirmou, depois, que não está dentro dos contornos jurídicos do acordo entre a UDV e a SAD cessante e muitos menos do acordo entre a SAD e o Aves.

“Como tenho o pedido de reunião do senhor presidente da comissão administrativa do clube, que é também aquilo que nos importa, terei novidades em breve. Mas vou pedir aos serviços jurídicos que analisem a questão que o vereador David Pato Ferreira levantou, para perceber se existe alguma possibilidade de intervenção. Depois veremos”, prometeu o presidente da Câmara.

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