Jorge Talixa
Rosa Grilo volta a depor em Vila Franca
Rosa Grilo vai voltar a depor em Vila Franca de Xira. O Tribunal vila-franquense aceitou, esta quarta-feira, um requerimento da defesa para que seja ouvida como testemunha na próxima sessão do julgamento de uma alegada “plantação de provas” em que estão acusados a sua antiga advogada (Tânia Reis) e o seu antigo consultor forense (João de Sousa).
Os dois arguidos respondem pela alegada prática de um crime de favorecimento pessoal, com o Ministério Público (MP) a considerar que terão responsabilidades num orifício “detectado” na banheira da residência de Rosa e de Luís Grilo, já ano e meio depois do homicídio deste triatleta e empresário.
Sustenta o Ministério Público que o orifício não foi detectado nas perícias efectuadas pela Polícia Judiciária nos dias seguintes ao desaparecimento de Luís Grilo (Julho de 2018). Em Fevereiro de 2020, Tânia Reis e João Sousa participaram à GNR que tinham detectado o orifício na banheira (disfarçado com silicone) e que esse facto reforçaria a versão de Rosa Grilo de que teria sido um grupo de angolanos a matar o marido.
A Polícia Judiciária manteve que o orifício não existiria em 2018 e o Ministério Público acusou a advogada e o consultor forense da prática de um crime de favorecimento pessoal, punível com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa.
Alegam os advogados de defesa que terá sido a própria Rosa Grilo a contar a Tânia Reis e João Sousa que tinha experimentado na banheira a pistola que terá, depois, utilizado no homicídio do marido. Para esclarecer estes e outros contornos do caso, a viúva de Luís Grilo (a cumprir pena de 25 anos por homicídio qualificado) será, agora, ouvida no dia 15 de Maio no Tribunal de Vila Franca de Xira.
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