Oposição acusa PS de “manobra eleitoral” e recusa concurso para piscinas
- Jorge Talixa

- 23 de set.
- 2 min de leitura

A oposição camarária de Vila Franca de Xira uniu-se na rejeição de uma proposta da maioria PS para o lançamento de um concurso para construção de um complexo de piscinas em Vialonga. Nova Geração (PSD/PPM/MPT), CDU e Chega acusam o executivo socialista de “manobra eleitoral” ao querer lançar esta obra a duas semanas das eleições, quando o PS já propõe piscinas para Vialonga há mais de 20 anos.
O presidente da Câmara, Fernando Paulo Ferreira, garante que a proposta surge nesta altura apenas porque foi preciso recolher pareceres de várias entidades e só agora o projecto está definitivamente aprovado. Depois de muita discussão, Fernando Paulo Ferreira anunciou a decisão de retirar o ponto, referindo que o assunto deverá ser retomado no início do próximo mandato.
Em causa está um investimento de cerca de 10,5 milhões de euros numa área situada junto à Urbanização da Flamenga e à variante de Vialonga. O edil observou que, sob o ponto de vista da engenharia, está tudo pronto e que o lançamento do concurso ficaria “dependente apenas de uma alteração orçamental, que não vamos propor aqui a esta Câmara, porque estamos a 15 dias das eleições e não nos parece adequado fazer essa alteração”, sublinhou o edil.
“Nunca vi uma situação destas. Se vai ter que haver uma alteração ao orçamento, por que é que este ponto vem aqui hoje?”, questionou David Pato Ferreira, vereador da coligação Nova Geração (liderada pelo PSD), considerando que o executivo PS “está a pedir que aprovemos a abertura de um procedimento de 10,5 milhões de euros, sem saber de onde é que vem o dinheiro”, criticou o eleito social-democrata.
O presidente da Câmara vila-franquense reagiu, frisando que tem falado frequentemente deste assunto em reuniões de Câmara e que, já na discussão do orçamento municipal para 2025, previra que o processo entraria nesta altura em fase de concurso. Barreira Soares, vereador do Chega, foi mais longe. “O PS tem falhado sistematicamente nos seus compromissos e o senhor presidente surge com uma nova promessa de que vai construir umas piscinas que o PS já promete há mais de 20 anos.
O PS caiu na realidade e percebeu que vai perder as eleições. Isto mais não é do que uma manobra de desespero”, afirmou. Já Nuno Libório, vereador da CDU, avisou o presidente da Câmara que ainda estava a tempo de recuar, porque aprovar a abertura de um procedimento sem verbas orçamentadas para tal pode constituir uma ilegalidade.
“O que mais faltava era a CDU sentir-se condicionada a aprovar uma proposta pela febrite eleitoral do PS, que pode depois ser recusada, tanto pelo Tribunal de Contas como até pela Assembleia Municipal. Não podemos aprovar um acto susceptível de ser ilegal”, rematou Nuno Libório.
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