Câmara quer lançar venda da antiga marinha até Março
- Jorge Talixa

- há 21 minutos
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A Câmara de Vila Franca de Xira quer lançar, até final do primeiro trimestre de 2026, um processo de venda em hasta pública de grande parte do espaço da antiga marinha. De acordo com Fernando Paulo Ferreira, presidente da edilidade vila-franquense, serão vendidos cerca de 10 dos 12 hectares do antigo complexo da armada, que o Município comprou, há oito anos, por mais de 8 milhões de euros.
O objectivo é criar condições para que ali nasça uma urbanização semelhante ao Parque das Nações, com habitação, comércio e serviços, que contribua para o crescimento da cidade de Vila Franca de Xira. “No início deste mandato apresentarei o processo de venda da parte restante do terreno da Marinha, num conceito de criação de mais cidade à beira-rio, que faz muita falta em Vila Franca de Xira.
De uma assentada criaremos mais cidade, reabilitaremos a entrada sul da cidade e aproveitaremos também para desenvolver o novo tribunal, que vai para ali”, explica Fernando Paulo Ferreira ao Voz Ribatejana, frisando que ficarão para funções públicas o espaço destinado à construção do novo tribunal (deverá avançar em 2027) e o espaço para o “alargamento” do complexo desportivo do Cevadeiro.
Ficará, também, reservada uma área para “completar” o Nó 2 de Vila Franca de Xira, de modo a que, quem circula no sentido Lisboa-Vila Franca, não tenha que sair da auto-estrada no antigo nó a Norte de Vila Franca e possa sair logo nesta zona da antiga Marinha. “No restante a ideia será criar cidade, desenvolvendo o conceito de cidade ribeirinha”, sustenta o presidente da Câmara. “Será habitação, serviços e comércio.
No fundo, um conceito similar ao que está a crescer na zona ribeirinha da Póvoa de Santa Iria, que é um contexto similar ao que existe no Parque das Nações”, concretiza Fernando Paulo Ferreira, frisando que a expectativa do Município é que, por esta via, venham “a libertar-se terrenos para o desenvolvimento de cidade”.
O Voz Ribatejana quis saber se o executivo camarário já tem estimativas quanto ao preço-base que pretende indicar no lançamento da hasta pública, tendo em conta que investiu 8 milhões naquele espaço e que, para construir habitação, comércio e serviços, os terrenos ficarão, certamente, muito mais valorizados. “Pelo menos queremos recuperar o investimento feito naquele espaço, mas ainda estão a ser feitas as avaliações.
Quando sair a hasta pública, terá um preço-base. Eu diria que foi um bom investimento do Município e que será um bom investimento”, defende Fernando Paulo Ferreira, assegurando que não haverá nenhum problema jurídico com a venda de todo este espaço da antiga Marinha.
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