Jorge Talixa
Armas em foco no julgamento do caso Grilo
Armas e telemóveis estiveram em foco na segunda sessão do julgamento do homicídio do empresário e triatleta Luís Grilo, que decorreu, esta terça-feira, no Tribunal de Loures. Os dois arguidos responderam aos advogados de defesa e à juíza presidente do colectivo e revelaram mais algumas contradições. A identificação da arma utilizada
no homicídio de Luís Grilo foi um dos aspectos mais questionados, com o advogado de António Joaquim a pedir a apresentação das três armas apreendidas na casa do seu cliente e a arguida Rosa Grilo a sustentar que a arma que retirou de casa do amante não era nenhuma daquelas. António Joaquim garante que não tem mais nenhuma
arma. Mas Rosa Grilo afirma que a arma que levou tinha um tom mais claro (cinzento). Certo é que a acusação diz que foi utilizada uma arma de António para matar Luís Grilo, mas Rosa Grilo diz que foram três angolanos que invadiram a sua casa e dispararam sobre o marido. A sessão dessa terça-feira foi preenchida com a parte final do depoimento de Rosa Grilo e com o depoimento de António Joaquim. No final, o advogado de António Joaquim
considerou que as questões que pretendia colocar foram esclarecidas. Tânia Reis, advogada de Rosa Grilo, negou que tenha havido “incongruências” no depoimento da sua cliente e vincou que manteve a tese de que foram os três angolanos porque essa “foi a realidade”. O julgamento prossegue no dia 24. Para esta terceira sessão estão convocadas 20 das 93 testemunhas, incluindo investigadores da Polícia Judiciária e familiares dos arguidos.
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