top of page
voz_ribatejana_25abril_comemor.municip.27x4cm.jpg
festival-arroz-carolino-2024.png
XiraSoundFest24_Voz Ribatejana_17,8x6,6cm(1).jpg
  • Foto do escritorJorge Talixa

Corte temporário do Sorraia dá polémica na região


O curso do rio Sorraia está cortado desde o passado dia 24, numa medida que pretende reter água doce de boa qualidade para a rega de mais de 10 mil hectares de culturas da Lezíria Grande. O Tejo já apresentava baixos caudais e água com elevados índices de salinidade e, tal como já aconteceu em 2005 e 2012, a Associação de Beneficiários da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira (ABLGVFX) foi autorizada pela Agência Portuguesa do

Ambiente (APA) a fazer esta barreira temporária. Mas a medida está a suscitar muitos protestos de ambientalistas e de alguns autarcas, que consideram que pode originar uma mortandade de peixe. O assunto foi abordado na última sessão de Câmara de Benavente e chegou, já esta semana, à Assembleia da República, onde o PAN (Pessoas-Animais-Natureza) questionou o Governo sobre o assunto e requereu ao Ministério do Ambiente que

“remova com carácter de urgência a interrupção do rio Sorraia e restabeleça as condições naturais do ecossistema”. Já a APA explica, em resposta ao Voz Ribatejana, que está prevista a remoção do açude no final de Agosto, data em que deverá acabar a campanha agrícola. Acrescenta a Agência do Estado que os níveis de salinidade da água utilizável para rega em toda a Lezíria Grande de Vila Franca de Xira chegaram a atingir os 1, 8

gramas por litro, quando não devem ultrapassar um grama, sob pena de queimarem/destruírem as culturas. “Açudes de características semelhantes e com os mesmos objetivos foram construídos em 2005 e 2012, sem que à data se tivesse verificado morte de peixe, tendo-se então garantido os níveis de salinidade compatíveis com a rega”, acrescenta a APA, que diz ter inspecionado a zona na passada segunda-feira sem detectar a existência de

peixe morto. Joaquim Madaleno, director executivo da Associação de Beneficiários da Lezíria Grande, disse, por seu turno, ao Voz Ribatejana, que a criação deste açude no Sorraia é a única opção para evitar a perda das culturas feitas, em Março e Abril, nos mais de 10 mil hectares da Lezíria Grande. A partir do início de Maio, a ABLGVFX percebeu que a cunha salina (zona onde a água salgada do Atlântico se mistura com a água doce do

Tejo) já subia muito para Norte, ultrapassando mesmo a Estação do Conchoso, que é a infraestrutura de captação situada mais a Norte do curso do Tejo. A opção foi, nessa altura, tentar captar alguma água no rio do Risco, que liga o Tejo ao Sorraia, mas essa solução não é suficiente para as necessidades e a Associação de Beneficiários articulou com a APA um pedido de licenciamento da interrupção do curso do Sorraia, para criar uma zona de

retenção de água utilizável na rega. “Se não for permitido este corte, isso inviabiliza a agricultura em toda a Lezíria Grande, onde já foram investidos mais de 250 milhões de euros em infraestruturas de rega e onde trabalham perto de 2 mil pessoas. Não há outra forma de assegurarmos a rega destes 10 mil hectares. Sem este açude, as culturas perdem-se”, sustenta Joaquim Madaleno.

Saiba mais na edição impressa de 31 de Julho do Voz Ribatejana

300x250px_banner.png
Feira Tertulias 2024-2.jpg
Ver para topo quadrado ou sitio do Josal2.jpg
christmas-1089310_960_720_edited.jpg
Loja G Site VR-page-001.jpg
Leitura Recomendada
Procurar por Tags
Siga o Voz Ribatejana
  • Facebook - Black Circle
Facebook
  • YouTube - Black Circle
YouTube
Arquivo do Site

Contador de Visualizações

VOZ_ONLINE-178x66mm.jpg

VR Solidário

Colheita 16 de abril ESFC vs.jpg
bottom of page