Jorge Talixa
Vilafranquense volta a perder jogo “decisivo”
A três jornadas do fim da II Liga, a União Desportiva Vilafranquense está numa situação muito complicada, depois de ter somado mais uma derrota (1-3) numa partida “decisiva” frente ao adversário directo Varzim. A equipa de Vila Franca de Xira está, agora, sozinha na cauda da classificação e a três pontos dos lugares de manutenção. Tudo é ainda possível, mas a equipa de Vila Franca precisará, certamente,
de se superar e de conseguir ser mais eficaz na hora do remate para evitar a descida à Liga 3. Nos últimos dez jogos, sob o comando técnico de Carlos Pinto, o Vilafranquense soma uma vitória, dois empates e sete derrotas e foi sucessivamente ultrapassado pelos adversários na luta pela manutenção. Na partida disputada, em Rio Maior, na tarde de segunda-feira, Carlos Pinto tentou alterar um pouco o jogo da equipa,
voltando a apostar em laterais subidos no terreno e juntando no onze inicial os extremos (criativos) Kady e Vitinho. Mas o jogo não começou bem para o Vilafranquense, que se mostrou bastante intranquilo. Aproveitou o Varzim, que foi construindo sucessivas jogadas de perigo. Uma pressão que deu fruto ao minuto 10, quando, na sequência de um canto curto, a bola foi devolvida para o lado direito,
onde Tembeng assistiu de cabeça e permitiu ao central Luís Pedro cabecear para o ângulo, fazendo o 0-1. Reagiu bem o Vilafranquense, mas o Varzim continuava a mostrar-se mais perigoso e a conquistar muitos pontapés de canto. Paulatinamente, o Vilafranquense foi equilibrando a partida e no último quarto de hora esteve perto da igualdade, em jogadas de Vitinho e Marco Grio que não tiveram a melhor finalização. Mas,
já no último minuto dos descontos da primeira parte, o árbitro marcou grande-penalidade contra a equipa ribatejana, por alegada falta de Diogo Coelho sobre Agdon. Fatai não perdoou e fez o 0-2. A segunda parte começou sem alterações nas duas equipas e, aproveitando também o vento favorável, o Vilafranquense foi criando jogadas de perigo, primeiro com remates de fora da área, depois, com a entrada de Carlos Fortes
(53), com sucessivos cruzamentos para a área. E foi assim que, ao minuto 54, o guardião varzinista sacudiu mal a bola e Diogo Coelho, entro da área, aproveito bem para reduzir para 1-2. Acreditou o Vilafranquense que a reviravolta era possível, Carlos Pinto fez entrar Rodrigo Rodrigues e, depois, Nuno Rodrigues e o perigo rondou muitas vezes a baliza do Varzim defendida pelo veterano Ricardo Nunes.
A defesa varzinista revelava fragilidades, sobretudo nas bolas rasteiras e o Vilafranquense foi tentando de todas as formas chegar pelo menos à igualdade. Mas não conseguiu e, já no minuto 92, depois de uma perda de bola de Marco Grilo, Tiago Cerveira solicitou Irobiso, que torneou Maringá e fez o 1-3 final.
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