Utentes preocupados com “degradação” do SNS
- Jorge Talixa
- há 11 minutos
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As Organizações de Utentes do Estuário do Tejo distribuíram um comunicado onde exortam os utentes de saúde a “não se resignarem” a “esta avalanche de medidas e de acontecimentos negativos nas nossas unidades de Saúde”. O documento recorda que, no dia 26 de Julho de 2024, uma delegação destas organizações de utentes entregou uma moção e um abaixo-assinado de milhares de utentes no gabinete do primeiro-ministro, “denunciando a situação vivida nas nossas Unidades de Saúde, apontando soluções viáveis e urgentes”.
A chefe de gabinete prometeu-lhes que, em Julho de 2025, “já a situação seria muito diferente para melhor. Diferente de facto é, mas para pior”, referem. “O número de Utentes sem médico de família (USMF) aumentou, a falta de médicos continua ou agravou-se nas mesmas unidades, os problemas com as instalações começam agora a ser resolvidos pelas Câmaras nalgumas localidades, noutras continuam a degradar-se;
o atendimento por vídeo-conferência, podendo ser justificável nalgumas situações não o é noutras, ainda menos definitivamente”, constatam as organizações de utentes que sublinham, também, que “as Urgências nos Centros de Saúde onde existem ficaram condicionadas por um encaminhamento pela Saúde 24, com tempos de espera incompatíveis com situações emergentes; as Urgências Hospitalares com encerramentos nas especialidades de pediatria e obstetrícia e os serviços degradaram-se com tempos de espera para consulta e exames incompatíveis com a legislação”.
As mesmas organizações de utentes reconhecem que “algumas situações melhoraram, mercê de esforços conjugados dos utentes e alguns autarcas sobre o ministério e a Direcção da ULSET: o quadro de médicos da USF de Vialonga foi reposto mas continuam 2500 utentes sem médico na freguesia”. Registam, também, “o aumento da oferta de saúde oral em algumas unidades; a contratação de alguns médicos e enfermeiros, insuficientes para as necessidades crescentes”, concluem.
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