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Grávida que deu à luz na rua só chegou ao hospital 1h40 depois do parto

  • Foto do escritor: Jorge Talixa
    Jorge Talixa
  • 15 de ago.
  • 2 min de leitura
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A resposta dada pelo sistema de saúde e o “protocolo” a que está sujeito continuam a dar controvérsia no caso da grávida de Alenquer que acabou por dar à luz numa rua do Carregado. Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e Bombeiros de Alenquer asseguram que foi dada a “resposta adequada”, mas a cronologia dos acontecimentos revela contradições e permite, também, concluir que só 1h40 depois do parto é que Soraia Moreira de 28 anos e a bebé Serena Lis chegaram ao Hospital, neste caso de Santarém.


Mãe e filha tiveram que ser transportadas para Santarém, a quase 50 quilómetros do Carregado, acompanhadas pela equipa da VMER (Viatura Médica de Emergência e Reanimação) de Torres Vedras, baseada a quase 35 quilómetros do Carregado. O Hospital de Vila Franca de Xira, situado a menos de 10 quilómetros do local do parto, tinha a urgência de Obstetrícia e Ginecologia fechada e a VMER empenhada noutro serviço.


Correu tudo bem, mãe e filha já estão em casa, mas, como refere, Isabel Moreira, mãe de Soraia, como é que seria se fosse um caso de saúde que corresse mal. Certo é que depois de várias tentativas para conseguir uma ambulância através da Linha SNS 24 e do 112, acabou por ser uma moradora do Carregado a ligar para os Bombeiros de Alenquer e a conseguir que enviassem uma ambulância. Um médico e uma enfermeira que residem nas proximidades deram também uma ajuda importante.


O INEM diz que o seu Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) só recebeu uma chamada sobre esta situação às 10h29 e que, “durante a triagem da situação, foi possível perceber que o parto já teria ocorrido”. Antes já uma operadora da SNS 24 recusara o envio de uma ambulância e dissera à mãe da jovem grávida que fossem de carro para o Hospital de Loures. “Nunca vi o SNS neste estado”, lamenta Isabel Moreira. O Ministério da Saúde abriu um inquérito ao caso e já assumiu que houve “erro humano” da operadora da SNS 24. O INEM também abriu um inquérito. Felizmente neste caso tudo acabou bem.


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