Arruda recebeu Dia Nacional das Linhas de Torres
- Jorge Talixa

- há 5 dias
- 2 min de leitura

Arruda dos Vinhos acolheu, nesta segunda-feira, a cerimónia comemorativa do Dia Nacional das Linhas de Torres. Na oportunidade foram entregues cinco galardões, um dos quais atribuído à Federação Europeia das Cidades Napoleónicas, representada por Charles Bonaparte, descendente de Napoleão. Foi, também, lançado o primeiro número dos Cadernos Temáticos das Linhas de Torres e a Associação promotora afirmou o seu objectivo de internacionalizar mais a Rota Histórica das Linhas de Torres.
Na cerimónia realizada no auditório municipal arrudense foram entregues cinco galardões “Wellington Honour” que distinguiram o Serviço de Apoio Social da Câmara da Lourinhã (Acessibilidade e Inclusão), a Quinta de São Sebastião (Ambiente e Sustentabilidade), a associação ModelSteps (Cultura e Criatividade), a Associação de Marchas e Passeios de Torres Vedras (Desporto e Aventura) e a Federação Europeia de Cidades Napoleónicas (Promoção e Divulgação).
Instituído em 2014, o Dia Nacional das Linhas de Torres assinala a data em que o general inglês Wellington deu instruções para o estudo e construção da barreira defensiva que viria a ser conhecida por Linhas de Torres Vedras e que foi decisiva para que a terceira invasão francesa das tropas de Napoleão não conseguisse entrar em Lisboa.
A cerimónia realizada em Arruda foi o ponto alto das comemorações. Carlos Alves, presidente da Câmara de Arruda dos Vinhos, começou por salientar que “as Linhas de Torres são um dos maiores sistemas defensivos da Europa e simbolizam a resistência nacional durante as invasões napoleónicas.
No concelho de Arruda é um património que se estende por três freguesias (Arruda, S. Tiago e Arranhó), com o Forte do Cego, o Forte da Carvalha e o Centro de Interpretação das Linhas de Torres”, observou o edil, frisando que as Linhas de Torres “são muito mais do que meros vestígios do passado, podem transformar-se em espaços de vivência, onde as actividades se cruzam. E podem promover também a acessibilidade a inclusão. As Linhas de Torres são um património vivo e um exemplo de coesão territorial”, sustentou Carlos Alves.
Já Ana Umbelino, vice-presidente da Associação para o Desenvolvimento Turístico e Patrimonial das Linhas de Torres (ADTPLT), que gere a Rota Histórica das Linhas de Torres (RHLT), observou que esta estrutura defensiva, composta por mais de 150 fortificações e com uma extensão de 88 quilómetros, constitui “um património incontornável para a identidade nacional” e “uma referência histórica na Europa”.
A ADTPLT, referiu, procura “garantir a salvaguarda e preservação deste património” e, através de diferentes projectos e candidaturas, tem apostado no desenvolvimento da Rota Histórica, em projectos de educação patrimonial, na divulgação das Linhas de Torres e em parcerias diversas, visando também a reabilitação e preservação dos fortes.
“Queremos internacionalizar mais este produto turístico-cultural. Temos procurado estruturar um produto turístico identitário e sustentável, envolvendo diversos parceiros, porque só assim poderemos definir um produto que perdure no tempo”, vincou Ana Umbelino.
Saiba mais nas edições impressas do Voz Ribatejana e da Vida Ribatejana















