Administrador da Nova Geração nos SMAS gera controvérsia
- Jorge Talixa

- há 4 dias
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Com sete votos favoráveis do PS e da Nova Geração, três votos contra do Chega e uma abstenção da CDU, a Câmara de Vila Franca aprovou a proposta de nomeação do conselho de administração dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS), que ficará composto por Arlindo Dias (vereador do PS e presidente dos SMAS), Marina Tiago (vice-presidente da Câmara e vogal da administração dos SMAS) e Rui Rocha (vogal da administração dos SMAS).
O Chega e a CDU criticaram a decisão da coligação Nova Geração de aceitar esta nomeação de Rui Rocha (dirigente local do PSD) para os SMAS. Fábio Mousinho Pinto, vereador da Nova Geração (PSD/IL), explicou que esta coligação foi “convidada” pelo PS e que esteve disponível para indicar um elemento para o conselho de administração dos SMAS “com o mesmo espírito de responsabilidade com que estamos numa gestão focada na redução do preço da água.
Propusemos o nome de Rui Rocha, que reflecte a nossa confiança e sentido de serviço público. É, indiscutivelmente, uma referência como autarca no nosso município e tem um profundo conhecimento da realidade local”, vincou Fábio Mousinho. Já Cláudia Martins, vereadora da CDU, reconheceu que a nomeação do conselho de administração dos SMAS é uma prerrogativa do PS e da Câmara. “Não nos suscita dúvidas que tenha sido feito um acordo de nomeação política com o PSD.
Mas depois de tantas declarações públicas da Nova Geração de que não aceitava nomeações políticas ou cargos, a nomeação de um elemento do PSD para a administração dos SMAS surge com alguma surpresa”, sustentou. O Chega, através do vereador Barreira Soares, pronunciou-se já numa declaração de voto em que considera que “na política não pode valer tudo.
O PSD concorreu com o mesmo nome da coligação Nova Geração do mandato passado, diz que é uma parte da oposição e, afinal, logo na primeira reunião já tem um eleito deste partido que passa a vogal no conselho de administração dos SMAS. Não estamos a dizer que não é legal, mas parece-nos que é imoral”, sublinhou Barreira Soares.
“Temos sido sempre coerentes ao longo do tempo”, referiu, depois, David Pato Ferreira, vereador da Nova Geração, considerando que o aceitar desta nomeação “corresponde a uma prerrogativa que também tenho defendido, que tem a ver com o controle do preço da água abaixo do indicado pela Entidade Reguladora. Indicámos para este cargo o melhor do nosso partido, é isso que fazemos com respeito pelo serviço público”, rematou David Pato Ferreira.
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