O “Clan-Crusader” e Veloso Amaral
Foto de Manuel Dinis
Ao longo dos oito anos do Salão Automóvel de Vila Franca de Xira nunca pretendemos que fossemos comparados a alguns outros grandes eventos que se fazem no nosso país, sempre tendo noção das nossas possibilidades e sabendo que é com a ajuda dos
nossos Amigos e dos Clubes que conseguimos levar o nosso trabalho avante. E nunca esquecendo os jovens, fazendo desta uma exposição didáctica e pedagógica. Sabemos também que nem sempre conseguimos passar esta mensagem a algum do nosso público, lutamos sim pela qualidade e não pela quantidade, tendo tido o
privilégio de termos exposto alguns automóveis antigos e clássicos que nunca estiveram expostos em Portugal. Pois, o “Clan Crusader” pela sua raridade (só foram construídas 315 unidades) insere-se no espírito da exclusividade, inclusive o seu proprietário, Veloso Amaral, como corredor, tem conseguido classificações
extraordinárias nesta preciosidade. Pois é sobre eles que vamos escrever os seus pontos mais altos. A Marcos produziu um pequeno automóvel que utilizava mecânica dos Mini, desde o motor de 850 cc, até ao Cooper S mais transformado. Outra firma inglesa, a Ginetta, optou por outra mecânica, a do Hillman Imp. A fibra de vidro
começou a ser utilizada com uma certa assiduidade pelos fabricantes ingleses para tornarem realidade, um sonho, produzir um veículo utilizando mecânica de carros de produção normal, mas bastante mais personalizado, com linhas aerodinâmicas que o identificassem de todos os outros. Este foi o material utilizado para a construção das
carroçarias, com toda a evolução técnica que tal material permitiu desde os tempos iniciais até aos nossos dias. Enquanto o Lotus Elite tinha por exemplo mais de 50 moldes, o “Clan Crusader” necessita apenas de dois. O “Clan Crusader” foi construído entre 1971 e 1974, é um desportivo de Grande Turismo integralmente construído em
fibra como atrás referimos. O “Clan” é um carro extraordináriamente aerodinâmico e, as suas formas exclusivas, tornam-no deveras apelativo em termos de imagem. Aliás, ao longo destes anos, tem sido alvo da maior curiosidade, não só por parte do público em geral, como dos órgãos da Comunicação Social, em particular.
Veloso Amaral
Como se percebe pelo extenso palmarés que é no mínimo invulgar não só pelo seu longo percurso como também pelos seus inúmeros sucessos desportivos.
Palmarés de Veloso Amaral
Campeonato Nacional de Clássicos – Velocidade e Super Classic Super Stock
2002 – 1º da Clsse F1 – Campeonato Nacional de Clássicos Velocidade.
1º da Classe F1 – Campeonato Nacional de Clássicos Montanha
2003 - 3º da Classe G4 – Campeonato Nacional de Clássicos – Velocidade.
2005 - Vice-Campeão H/65 do Campeonato Nacional de Clássicos – Velocidade.
2007 – Vice-Campeão H/71 do Campeonato de Clássicos – Velocidade.
Vencedor da Corrida dos Maxi 1.000 franceses – Granja do Marquês.
2009 – Vice-Campeão H/71 do Campeonato de Clássicos – Velocidade.
Vencedor da Taça MIL do Campeonato Nacional de Clássicos.
2010 – 3º dos H/71 do Campeonato Nacional de Clássicos – Velocidade.
Vencedor da Taça MIL no Campeonato Nacional de Clássicos – Velocidade.
2011 – 3º dos H/71 do Campeonato Nacional de Clássicos – Velocidade.
Vencedor da Taça MIL do Campeonato Nacional de Clássicos – Velocidade.
2012 – 3º na Taça de Portugal de Clássicos.
2013 – Vencedor da Taça MIL Camp. Nac. de Clássicos – Velocidade.
Vencedor da Classe B1 Classic Super Stock
2014 – Vencedor da Classe B1 Classic Super Stock
2015 – Vencedor da Taça MIL na HRC Historic Racing Cup.
Vencedor da Classe B1 Classic Super Stock.
2016 – Vencedor da Classe B2 Classic Super Stock
3º da Taça MIL do Campeonato Nacional de Clássicos.
2017 – 3º dos H/71 do Campeonato Nac. de Clássicos – Velocidade.
2º da Taça MIL do Campeonato Nacional de Clássicos.
Em 2009 é lhe dado o Prémio Carreira FPAK (Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting)
Em 2013 é homenageado pela ANPAC (Associação Nacional dos Pilotos de Automóveis Clássicos).
Em 2014 nomeado para piloto do ano. O Clan Owners Club atribui-lhe o Roy Redman Sporting Trophy com o qual anualmente distinguem o piloto que mais se tinha evidenciado a nível mundial ao volante dos seus modelos.
Em 2015 recebe a medalha de Bons Serviços e Dedicação (C.M. Barreiro).
Em 2016 recebe a medalha de Mérito Desportivo.
Ficha Técnica do Clan Crusader
Carroçaria : Monocoque em fibra de vidro.
Coupé de dois lugares.
Roll-bar de 6 pontos.
Motor: 4 Cilindros Coventry- Climax - 998 c.c.
Árvore de cames à cabeça - R 22
2 Carburadores duplos - Weber40DCOE
2 Bombas eléctricas de gasolina
Radiador de óleo e 2 radiadores de água com termo ventilador.
Potência - 112 cv às 8700 rpm
Transmissão: às rodas traseiras
Embraiagem mono disco
Caixa jacknight de 4 + MA
com Autoblocante.
Direcção: De cremalheira, 2,5 voltas.
Travões: De disco à frente, com regulador de pressão.
Suspensão: Independente às 4 rodas, mola/amortecedores telescópicos AVO e KONI
Barra estabilizadora à frente.
Reservatório : ATL – 30 L
Rodas: Jantes de alumínio
( 6x13 e 6.5 x 13) Carmona, Cosmic Revolution, JIL, Two Gates.