Quinze associações e empresário contra proposta da IP
“Partir Vila Franca e Alhandra ao meio não é solução” é a principal constatação de um grupo de associações e empresários vila-franquenses que reuniram, na semana passada, no Clube Taurino para discutir as propostas da Infraestruturas de Portugal (IP) para a modernização da Linha do Norte.
Em missiva enviada ao presidente da Câmara vila-franquense defendem que é preciso estudar alternativas. “Serão destruídos imóveis de valor histórico e patrimonial, espaços de referência para os cidadãos, paisagens e ruas carregadas de memórias e palco de eventos de elevado valor simbólico e afetivo e, para cúmulo, o acesso ao Tejo será extraordinariamente dificultado.
Em suma, a ocorrer a intervenção projetada, a cidade e a vila deixarão de ser o que são, verão ainda mais ferida a sua identidade e os cidadãos verão destruídos os seus direitos a usufruir plenamente das suas terras e do seu rio”, sublinham os participantes, que “estranham” que “não tenham sido apresentados estudos relativos a traçados alternativos que foram sendo apontados, como o que levaria a linha do comboio de alta velocidade para oeste destas localidades, o que faria terminar a alta velocidade a norte de Vila Franca, o afundamento da via (a atual e a futura), ou os que levariam a linha para o lado esquerdo do Tejo ou a colocariam sobre estacas ao longo do rio”.
“Nenhuma decisão deste tipo pode ser tomada sem o cabal esclarecimento sobre as hipóteses estudadas e sem que a população se pronuncie após um debate sério, informado e amplo”, concluem os 15 intervenientes. A reunião realizada no Clube Taurino Vilafranquense juntou outras associações locais como a Santa Casa da Misericórdia, a Associação de Tertúlias Tauromáquicas do Concelho, a Casa do Forcados e o Núcleo da Liga dos Combatentes e contou, também, com a participação de um empresário da restauração do Cais de Vila Franca.
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