Jorge Talixa
Livro conta a história do Salão de Clássicos de Vila Franca
O primeiro Salão de Automóveis e Motociclos Clássicos realizou-se, em 2010, em Vila Franca de Xira. Onze anos depois e oito edições do evento passadas, a Câmara vila-franquense lançou um livro de 146 páginas que resume a história da iniciativa. Alberto Mesquita, presidente da edilidade, realçou o papel decisivo de
Hipólito Cabaço na organização destes salões e defendeu que o próximo executivo camarário deverá procurar dar continuidade ao evento. Tudo começou com algumas concentrações de veículos clássicos que Hipólito Cabaço procurou organizar em Vila Franca de Xira. Apaixonado por estas coisas dos automóveis e,
sobretudo, pelos chamados clássicos, conhece muitos dos actores e dinamizadores desta actividade e foi desafiado, em 2010, pela então presidente da Câmara Maria da Luz Rosinha para organizar um primeiro salão. O evento decorreu no Celeiro da Patriarcal e foi bem-sucedido, atraindo milhares de visitantes.
Teve continuidade em 2012, já no Pavilhão Multiusos do Cevadeiro. Regressou em 2014, já com Alberto Mesquita como presidente da Câmara e, a partir daí, manteve uma periodicidade anual até 2019. Nos últimos dois anos não pôde realizar-se devido à pandemia da covid-19. Mas o Salão de Automóveis e Motociclos
Clássicos tem um lugar importante na memória dos vila-franquenses e dos muitos que têm visitado a iniciativa. Surgiu, assim, a ideia de organizar um livro que fizesse a retrospectiva de 10 anos de realização do evento (2010/2019). E a obra foi apresentada, no passado sábado, no auditório do Museu do Neo-Realismo,
que juntou largas dezenas de apaixonados pelos clássicos. O livro, profusamente ilustrado, integra, também, depoimentos de mais de uma dezena de participantes. Hipólito Cabaço começou por admitir que a parte mais difícil é sempre dizer em algumas palavras o que lhe vai na alma. “Procurou-se sempre fazer diferente
do que se fazia no resto do país, com uma iniciativa mais pedagógica e didática e muito focada nos jovens. Tentámos que Vila Franca de Xira fosse também um pólo da cultura automóvel”, vincou, explicando que este livro é uma homenagem à dedicação de todos os que participaram nestas oito edições do salão.
Já Alberto Mesquita confessou a sua paixão pelo mundo automóvel e agradeceu a presença de todos os que encheram o auditório. O edil admitiu que o tempo para preparar o livro foi curto, que Hipólito Cabaço queria colocar muitas mais fotografias que não foi possível inserir, mas que a obra ficou pronta na véspera da
apresentação. “É bom que esta iniciativa tenha continuidade para que aquilo que o Hipólito Cabaço também conseguiu trazer a Vila Franca, às nossas crianças e aos nossos alunos, tenha continuidade e todos possam perceber como é que isto funciona e, sobretudo, como é que evoluiu o automóvel”,
defendeu o presidente da Câmara, garantindo que terá oportunidade de recomendar ao seu sucessor, Fernando Paulo Ferreira, que tenha em consideração a importância de dar continuidade a estes salões.
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