IP afasta hipótese de túnel ferroviário em Vila Franca
Os estudos prévios da modernização/quadriplicação da Linha do Norte entre Alverca e a Castanheira do Ribatejo foram apresentados esta sexta-feira, no salão nobre dos Paços do Concelho de Vila Franca.
Prevêem novas estações de comboios em Alhandra e Vila Franca, mas também a demolição de edifícios, cortes em ruas e jardins e o abate de 160 árvores em Alhandra.
Autarcas locais e munícipes participantes mostram-se preocupados e defendem soluções que minimizem ao máximo os impactos previstos para a cidade de Vila Franca de Xira e para a vila de Alhandra.
Fernando Paulo Ferreira, presidente da Câmara vila-franquense, garante que este é o ponto de partida e não o ponto de chegada da discussão.
O assunto voltará a ser abordado em sessão camarária até final de Maio, já depois dos eleitos terem tido tempo para analisar devidamente a informação fornecida pela IP, que está disponível no site da Câmara, para que a população possa conhecer e pronunciar-se sobre o tema.
Na sessão desta sexta-feira ficou a saber-se que a IP considera que as possibilidades de enterramento ou de afundamento não são viáveis porque “obrigariam”, alegadamente, a suspender a passagem de comboios na Linha do Norte durante 4 anos.
Por isso, a IP estudou as hipóteses de quadriplicação ao nível do solo no actual corredor ou de construção de um viaduto, mas considera que esta última possibilidade teria grandes impactos visuais e ambientais.
A quadriplicação no actual corredor (mais duas vias para o lado do rio) terá, no entanto, impactos muito relevantes na travessia de Alhandra, com a necessidade de abater 160 árvores e de eliminar áreas de estacionamento na Avenida Afonso de Albuquerque e de demolir pelo menos quatro edifícios da Cimpor.
Já em Vila Franca, para além da necessidade de demolir vários edifícios na zona do cais e na Rua do Curado, colocam-se questões ao nível da afectação do Jardim Municipal Constantino Palha e da supressão da passagem de nível do cais, que poderá ser substituída por mais uma passagem superior pedonal.
Carlos Fernandes, vice-presidente da IP, explicou, na sessão camarária, que o objectivo traçado é iniciar as obras neste troço até ao início de 2026 e desenvolver, até lá, toda a fase de execução do projecto e de avaliação de impacto ambiental.
Saiba mais nas edições impressas do Voz Ribatejana