Jorge Talixa
Bombeiros de Arruda ainda sem candidatos à direcção
A Associação de Bombeiros Voluntários de Arruda dos Vinhos ainda não tem listas candidatas às eleições para os seus corpos directivos. A direcção cessante termina o seu mandato a 2 de Janeiro e, não havendo listas, a associação poderá ficar a ser gerida por uma comissão de gestão.
Pelo meio dá-se a necessidade de substituir o comandante Acácio Raimundo que, por limite de idade, deixou de liderar a corporação no passado dia 11. No primeiro prazo para apresentação de listas (30 de Novembro) não surgiram candidatos e no segundo (até 20 de Dezembro) essa ausência de candidaturas manteve-se.
Rui Silva, presidente da direcção ainda em funções, confessa que não esperava estas dificuldades e que, há 3 anos, aceitou o repto da direcção anterior para voltar a assumir o cargo (leva já 42 anos de funções directivas na associação), pensando que não seria difícil encontrar sucessores.
Mas “governar” uma associação de bombeiros nos tempos que correm não é fácil, a disponibilidade de pessoas para as direcções é cada vez menor e as dificuldades também.
Rui Silva sublinha que, nas condições actuais, 82, 6 por cento das receitas reunidas pela ABVAV (quotas dos sócios, apoio da Câmara e receitas de transporte de doentes) têm que ser destinadas às remunerações dos bombeiros e funcionários da casa e aos respectivos impostos.
A direcção tem adoptado várias estratégias para recolher mais verbas, alugando espaços e ensaiando iniciativas como uma feira semanal, mas as dificuldades subsistem. Pelo meio, o comandante Acácio Raimundo saiu no dia 11, por ter atingido o limite de idade para o cargo.
“Se alguém aparecer, já dissemos que não apresentaremos candidatura, não iremos fazer confronto de candidaturas se alguém se mostrar disponível. Se não aparecer ninguém, esta direcção irá decidir o que fazer. Há elementos que já manifestaram a sua impossibilidade de continuarem.
Neste momento há dificuldades directivas em quase todo o lado”, constata Rui Silva, que considera muito pouco provável e diz mesmo que só haverá 1 por cento de possibilidades de voltar a ser candidato à presidência da direcção.
Saiba mais nas edições impressas do Voz Ribatejana e da Vida Ribatejana
Comments