António Badajoz faleceu aos 99 anos
- Jorge Talixa
- 27 de dez. de 2021
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António Badajoz, uma das grandes figuras da história da tauromaquia portuguesa, faleceu, no dia 24, com 99 anos de idade. António Pereira Cipriano, que adoptou o nome artístico de António “Badajoz”, foi considerado um dos melhores bandarilheiros portugueses de todos os tempos e fundou uma das mais conhecidas escolas de toureio na vila de Coruche, de onde era natural e onde faleceu na véspera de Natal.
Aprendeu a sua arte com Francisco Susana, em Coruche, tendo passado a profissional na Praça de Touros do Campo Pequeno, a 9 de setembro de 1949, data da alternativa como bandarilheiro. Já profissional, ensinou esta arte ao seu irmão mais novo, Manuel Cipriano “Badajoz”, que seguiria os seus passos, tomando a alternativa de bandarilheiro em 1953. Os irmãos “Badajoz” fariam, a partir daí,
“boa parte das suas carreiras toureando juntos, sendo uma referência na tauromaquia portuguesa”, sublinha a Prótoiro-Federação Portuguesa de Tauromaquia, vincando que a carreira de António Badajoz “foi longa e passou pelas grandes praças e feiras na Europa e América, tendo toureado também em África e na Ásia, em corridas que se realizaram em Macau e na Indonésia. Além de Manuel dos Santos,
vestiu-se igualmente de prata nas quadrilhas de Francisco Mendes, José Júlio e José Trincheira e de um conjunto importante de cavaleiros tauromáquicos — João Branco Núncio, Luís Miguel da Veiga, José João Zoio, Emídio Pinto, Manuel Jorge de Oliveira e Paulo Caetano”. Ainda na década de 50, os irmãos António e Manuel Badajoz fundaram a Escola de Toureio de Coruche, que viria
“a originar o aparecimento de vários bandarilheiros e matadores — entre estes, José Simões, Ricardo Chibanga, José Falcão, Óscar Rosmano, Parreirita Cigano e Víctor Mendes os últimos alunos desta escola foram José Alexandre e João Carlos Lorena. Levando o nome de Coruche pelo mundo fora”, conclui a Prótoiro.
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