Jorge Talixa
António Badajoz faleceu aos 99 anos
António Badajoz, uma das grandes figuras da história da tauromaquia portuguesa, faleceu, no dia 24, com 99 anos de idade. António Pereira Cipriano, que adoptou o nome artístico de António “Badajoz”, foi considerado um dos melhores bandarilheiros portugueses de todos os tempos e fundou uma das mais conhecidas escolas de toureio na vila de Coruche, de onde era natural e onde faleceu na véspera de Natal.
Aprendeu a sua arte com Francisco Susana, em Coruche, tendo passado a profissional na Praça de Touros do Campo Pequeno, a 9 de setembro de 1949, data da alternativa como bandarilheiro. Já profissional, ensinou esta arte ao seu irmão mais novo, Manuel Cipriano “Badajoz”, que seguiria os seus passos, tomando a alternativa de bandarilheiro em 1953. Os irmãos “Badajoz” fariam, a partir daí,
“boa parte das suas carreiras toureando juntos, sendo uma referência na tauromaquia portuguesa”, sublinha a Prótoiro-Federação Portuguesa de Tauromaquia, vincando que a carreira de António Badajoz “foi longa e passou pelas grandes praças e feiras na Europa e América, tendo toureado também em África e na Ásia, em corridas que se realizaram em Macau e na Indonésia. Além de Manuel dos Santos,
vestiu-se igualmente de prata nas quadrilhas de Francisco Mendes, José Júlio e José Trincheira e de um conjunto importante de cavaleiros tauromáquicos — João Branco Núncio, Luís Miguel da Veiga, José João Zoio, Emídio Pinto, Manuel Jorge de Oliveira e Paulo Caetano”. Ainda na década de 50, os irmãos António e Manuel Badajoz fundaram a Escola de Toureio de Coruche, que viria
“a originar o aparecimento de vários bandarilheiros e matadores — entre estes, José Simões, Ricardo Chibanga, José Falcão, Óscar Rosmano, Parreirita Cigano e Víctor Mendes os últimos alunos desta escola foram José Alexandre e João Carlos Lorena. Levando o nome de Coruche pelo mundo fora”, conclui a Prótoiro.
Saiba mais nas edições impressas do Voz Ribatejana
Comentarios