Jorge Talixa
Leitura da sentença do caso Luís Grilo foi adiada
A leitura da sentença do caso do homicídio do empresário e triatleta Luís Grilo foi adiada, depois do tribunal ter decidido fazer uma “alteração não substancial” dos factos que constam da acusação. Os advogados que representam os arguidos Rosa Grilo e
António Joaquim requereram um prazo de 15 dias para analisarem estes “novos” factos e prepararem a respectiva defesa. Nesse sentido, ainda não estão marcadas as próximas audiências, em que os advogados poderão solicitar diligências
suplementares. Só depois haverá um novo momento de alegações finais e será lida a sentença. Na sessão desta sexta-feira, a juíza presidente do colectivo do Tribunal de Loures, Ana Clara Baptista, explicou que um requerimento apresentado pela defesa para que Rosa Grilo saia em liberdade vai ser remetido para apreciação do Tribunal da
Relação de Lisboa. Depois, a magistrada judicial observou que o colectivo e os quatro jurados selecionados para compor o Tribunal de Júri entenderam, com base no que se passou nas audiências de julgamento, promover uma “alteração não substancial” dos factos que constam da acusação. A juíza adiantou que entre essa matéria agora
acrescentada à acusação estão o facto de Rosa Grilo ter, alegadamente, decidido tirar a vida ao marido porque, juntamente com o filho, era beneficiária dos seguros de vida e das contas bancárias de Luís Grilo. O colectivo decidiu, igualmente, que passe a constar da acusação que António Joaquim e Rosa Grilo trocaram 21 mensagens de
telemóvel no dia 15 de Julho de 2018, data do desaparecimento de Luís Grilo. As alterações incluem, ainda, o facto de Rosa Grilo ter “entrado na posse de munições e de uma pistola registada em nome de António Joaquim” e deste não possuir licença para algumas das armas que detinha.
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