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Foto do escritorJorge Talixa

Urbanização de 606 fogos avança na Póvoa


A urbanização “Vila Rio”, com um total de 606 fracções destinadas a habitação e comércio, já está em obras na frente ribeirinha da Póvoa de Santa Iria. Os trabalhos de terraplanagem e de elevação da cota dos terrenos iniciaram-se nas últimas semanas. O maior projecto de construção actualmente em curso no concelho de Vila Franca esteve sempre envolto em polémica e continua a gerar divergências entre CDU e PS. Com uma área total

superior a 17 hectares e 606 fracções de habitação e comércio, o complexo contempla, também, seis avenidas de circulação interna, quatro rotundas, 1315 lugares de estacionamento, espaços verdes e de lazer, espaços para uma escola e um jardim de infância e um novo recinto para as festas e eventos locais. Integra, ainda, um cais de acostagem. Depois da controvérsia suscitada pela dimensão inicialmente prevista para a urbanização

(1270 fogos), desenvolveu-se já nesta década um processo complexo de negociação, que resultou numa reformulação do projecto, reduzindo o número de fogos previstos para 606. A proposta final foi aprovada em Abril de 2015 com votos favoráveis do PS e da Coligação Novo Rumo (PSD/CDS-PP/PPM/MPT) e contra da CDU. Nuno Libório, vereador da CDU, sublinhou, em recente sessão camarária, que esta urbanização prevê mais carga

habitacional para a zona ribeirinha, numa área sujeita a inundações. 606 fogos são mais uma carga na Póvoa de Santa Iria”, defendeu, frisando que a Câmara deveria rever os termos do protocolo estabelecido com a TD Via, em que a autarquia assumirá uma comparticipação de 400 mil euros nos trabalhos de infraestruturação previstos. José António Oliveira, vice-presidente da Câmara de Vila Franca de Xira e responsável pelo pelouro do urbanismo,

reagiu, lembrando que estiveram previstos muito mais fogos para aquela área e só a negociação feita por executivos do PS permitiu a sua redução para os actuais 606. “Sabe tão bem como eu que os índices aprovados (antigo PDM) para aquela zona ribeirinha eram muito superiores àquilo que foi aprovado. A TD Via sabia que aquela urbanização estava aprovada com um determinado índice e foi a pouco e pouco, foram feitas ‘n’ reuniões

para se conseguir aquilo que está hoje”, salientou o edil, frisando que as obras em curso visam colocar as terras à cota da estrada existente, que terá que ficar fechada durante dois anos para desenvolvimento do empreendimento. “Está a ser vista uma alternativa de ligação à Póvoa velha e toda a população está informada, assim como a PSP e a Junta de Freguesia. A nova passagem, na zona do bairro dos pescadores, já tem

sinalização aprovada e os nossos serviços estão a criar melhores condições para o parque de estacionamento provisório. Não íamos para uma obra daquela dimensão sem criar condições ali”, assegurou José António Oliveira, explicando que a futura via central da urbanização terá três rotundas e que a possibilidade de uma nova estrada “variante” está a ser analisada.

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