Utentes da região protestaram à porta do Ministério da Saúde
Utentes de saúde do distrito de Lisboa concentraram-se, na manhã de sábado, às portas do Ministério da Saúde. O protesto, organizado pelo Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP), contou com a adesão de comissões e associações de utentes dos concelhos de Alenquer, Azambuja, Cascais, Lisboa, Loures, Sintra e Vila Franca de Xira.
Sob o lema “Utentes na Rua pela Saúde”, a iniciativa pretendeu reclamar medidas urgentes que minimizem o estado “caótico” de muitos dos serviços públicos de saúde na região de Lisboa. “O público é de todos. O privado é só de alguns”, foi uma das palavras de ordem mais ouvida, numa iniciativa em que participaram as comissões e associações de utentes de Alhandra, Alverca, Bom Sucesso e Arcena, Castanheira e Cachoeiras, Póvoa de Santa Iria, Vialonga e Vila Franca de Xira.
Em causa estão situações como o fecho das urgências pediátricas do Hospital Beatriz Ângelo de Loures, mas também o quadro generalizado de falta de médicos de família nos centros de saúde da região, com casos extremos como as unidades de saúde de Alhandra e Forte da Casa, que não têm médicos colocados desde Janeiro. Vila Franca de Xira é um dos concelhos mais afectados pelo problema, com 66 mil dos seus 140 mil habitantes sem médico atribuído.
Mas Alenquer também tem perto de 30 mil habitantes sem médico e Azambuja, que chegou a ter quase 90 por cento da população sem médico, deposita, agora, todas as esperanças num acordo da Administração Regional de Saúde com a Cerci Flor da Vida, que poderá disponibilizar alguns médicos para os 22 mil habitantes. Loures com 32 por cento da população sem médico é outro dos concelhos mais afectados.
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