ULS lança projecto de hospitalização em casa do utente
- Jorge Talixa
- 11 de abr.
- 2 min de leitura

Um projecto de hospitalização de utentes no seu domicílio, quando a situação clínica e as condições da habitação o permitem, está a ser desenvolvido, desde o início deste mês, pela Unidade Local de Saúde do Estuário do Tejo (ULSETejo). Trata-se de “uma alternativa ao internamento convencional”, que, segundo a ULS, proporciona “assistência contínua e coordenada e com idêntico nível tecnológico, de segurança e de qualidade”.
Os cuidados de saúde “são prestados, em casa dos utentes, por uma equipa multidisciplinar da Unidade de Hospitalização Domiciliária (UHD), que integra médicos, enfermeiros, assistentes sociais, farmacêuticos e nutricionistas, entre outros”, explica a Unidade Local de Saúde, vincando que, diariamente, esta equipa “desloca-se a casa dos doentes para avaliação e prestação de cuidados”.
No período nocturno, “a equipa encontra-se disponível em regime de prevenção. Desta forma, os doentes internados em hospitalização domiciliária, ou os seus cuidadores, têm um contacto telefónico direto com a equipa de saúde, que está disponível 24 horas por dia para responder, em caso de dúvida ou qualquer intercorrência”.
A referenciação de doentes para esta Unidade de Hospitalização Domiciliária “pode ser efetuada a partir dos diversos serviços da ULS Estuário do Tejo” e “a admissão neste modelo de internamento é voluntária e, em qualquer momento, o doente pode regressar ao serviço de internamento convencional, devido a um agravamento da respetiva situação clínica, ou pelo desejo expresso do doente ou dos seus familiares”.
Este tipo de hospitalização destina-se a doentes com patologia aguda ou descompensação de doença crónica, criteriosamente selecionados com base em critérios clínicos, sociais e demográficos.
“No topo das vantagens deste tipo de internamento surge a humanização dos cuidados, a diminuição das infeções associadas aos cuidados de saúde, as quedas, síndromes confusionais e declínio do estado funcional, a promoção da autonomia dos doentes, o maior envolvimento dos familiares no plano de cuidados e o grau de satisfação de doentes, cuidadores e profissionais de saúde”, sublinha a ULSETejo.
O Hospital de Vila Franca de Xira, recorde-se, tem uma capacidade de internamento (280 camas) limitada para a sua área de influência, que está frequentemente esgotada. Este projecto poderá, também, contribuir para aliviar a pressão e a saturação das enfermarias.
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