Jorge Talixa
Movimento quer suspensão imediata da quadruplicação
O recém-criado Movimento em Defesa de Vila Franca e de Alhandra (MDVFA) reclama a “suspensão imediata” da proposta/projecto de quadruplicação da Linha do Norte apresentada pela Infraestruturas de Portugal. Uma resolução aprovada no primeiro encontro público do MDVFA foi já enviada às autarquias locais, grupos parlamentares, primeiro-ministro e Presidente da República.
Neste encontro foi também designada uma comissão coordenadora do MDVFA, composta por 14 elementos, que promete participar em todos os eventos públicos sobre a matéria e promover novas acções contra a proposta da IP e em defesa de alternativas. A resolução sublinha que o Movimento em Defesa de Vila Franca e Alhandra quer conhecer em detalhe os estudos que fundamentem a opção apresentada pela IP e as alternativas consideradas em comparação com a opção apresentada.
Defende “a ponderação de um traçado autónomo da Alta Velocidade, fora do canal da linha do Norte, que faça ligação direta à estação do Oriente, passando a norte do Concelho” e a “consideração da possibilidade de enterramento da linha entre Vila Franca de Xira e Alhandra, no actual projecto de modernização da linha do Norte, integrado num plano urbanístico mais amplo para aquela zona”.
Sugere, também, que seja considerada a possibilidade de terminar a linha de Alta Velocidade a Norte de Vila Franca de Xira (Castanheira do Ribatejo), reforçando as ligações suburbanas com Lisboa. “A proposta de quadruplicação da linha ferroviária no troço Castanheira-Alverca, tal como está neste momento considerada, representa um impacto brutal para Vila Franca de Xira e Alhandra, que dificilmente superarão.
À destruição de um vasto conjunto de edificado que pertence à memória colectiva das suas gentes, à alteração da maneira como vivem as suas comemorações populares, ao derrube de manchas arbóreas significativas, junta-se a criação de uma barreira que terá enormes consequências em cada um dos sítios”, salienta a resolução, considerando que em Vila Franca agravaria a divisão entre a cidade e a sua frente ribeirinha e em Alhandra promoveria um ataque directo ao direito ao sossego e ao bem-estar, comprimindo ainda mais a própria vila.
Não podemos aceitar que tal projeto nos seja imposto sem discussão de outras alternativas. Porque elas existem!”, conclui o MDVFA, apelando à união de todos na defesa destes objectivos.
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