Cidadãos querem menos carros dentro das cidades
- Jorge Talixa
- 28 de out. de 2024
- 2 min de leitura

Menos carros a circular dentro das cidades do concelho é uma das dez propostas/conclusões aprovadas na Assembleia de Cidadãos para o Clima 2024, que se realizou, em Vila Franca de Xira, no passado fim-de-semana. Na iniciativa, dedicada ao tema do “calor excessivo”, participaram 50 cidadãos seleccionados entre os que se inscreveram.
A criação de um sistema de alerta de calor excessivo com informação sobre as medidas de proteção foi a primeira proposta/conclusão aprovada no final dos trabalhos, onde também foram aprovadas sugestões de criação de um plano de emergência municipal para ondas de calor e de criação de um gabinete de apoio verde com o intuito de incentivar a autoprodução de energia e prestar a devida informação sobre concursos existentes.
Depois, os participantes aprovaram propostas de criação de sistemas de reaproveitamento de água para regas/arrefecimento e o lançamento de um concurso para promover varandas verdes e hortas verticais. Propuseram, ainda, a criação de ações de formação com foco nos grupos populacionais de maior risco (ex. lares, escolas, etc.) sobre os comportamentos a adotar em dias de calor excessivo e a criação de “refúgios climáticos” em cada uma das freguesias, a disponibilizar a pessoas que “não tem condições habitacionais e urbanas o acesso a espaços públicos para fugir do calor”.
Condicionar o trânsito e estacionamento no centro das cidades e diminuir a presença de carros no interior das cidades foi outra das propostas aprovadas nesta Assembleia para o Clima, que sugeriu, ainda, a utilização de alcatrão apropriado nas vias e outros pavimentos refletores de calor e a implementação de coberturas verdes nas infraestruturas públicas e/ou novas licenças para privados que tentem adaptar os edifícios com vegetação, por forma “a amenizar o clima contra o calor”.
Estas recomendações, segundo a Câmara vila-franquense, “serão integradas na política climática municipal, a qual visa melhorar a qualidade de vida dos municípios, proteger os recursos naturais e tornar o território mais resiliente aos desafios ambientais e climáticos”.
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