Câmara admite que não pode travar quadruplicação à superfície
A Infraestruturas de Portugal (IP) remeteu um novo documento à Câmara de Vila Franca de Xira onde reafirma que o enterramento da linha-férrea entre Alhandra e o Norte de Vila Franca é “impossível” e junta mais de duas dezenas de argumentos para o justificar.
Os argumentos da IP continuam a não convencer vários eleitos municipais vila-franquenses, mas em reunião extraordinária realizada no dia 17, PS e PSD admitiram que a quadruplicação à superfície é, nesta altura, um processo “irreversível”, até porque o novo Governo já afirmou o seu apoio a esta posição da IP.
Nesse sentido, depois de hora e meia de discussão, foi aprovada, por unanimidade, uma tomada de posição da Câmara. Fernando Paulo Ferreira, presidente da edilidade, vincou que importa minimizar ao máximo os impactos negativos desta quadruplicação, mas que o alargamento da linha é fundamental para o Norte do concelho, para que continue a ter um bom serviço de comboios nas ligações a Lisboa e a Azambuja.
CDU e Chega colocaram várias reservas e insistiram na necessidade de estudar/apontar alternativas, como a canalização da futura linha de alta velocidade para a margem esquerda do Tejo.
Os contactos feitos pela Câmara e pela Concelhia do PSD com o ministro Miguel Pinto Luz permitiram perceber, no entanto, que Governo e IP entendem que terá que haver uma linha de alta velocidade na margem direita, com quadruplicação no concelho de Vila Franca.
E uma outra linha na margem esquerda para servir o futuro aeroporto. Na posição agora aprovada, a Câmara reafirma “a sua preferência pelo enterramento das linhas férreas, exortando a Infraestruturas de Portugal a estudar alternativas”.
A edilidade promete continuar a divulgar toda a documentação relevante que lhe chegue sobre o assunto, convida os presidentes das juntas de Alhandra e Vila Franca a remeterem contributos para as “exigências” a fazer junto da IP na perspectiva da quadruplicação à superfície e prevê uma nova reunião de Câmara extraordinária para o início de Setembro para recolha formal de contributos das diversas bancadas políticas para as exigências a apresentar à IP.
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