Jorge Talixa
Burla de milhões travada em Alenquer
Um homem de 38 anos foi, esta semana, detido pela Polícia Judiciária pela alegada prática de crimes de tentativa de burla e de falsificação de documentos na forma agravada. O suspeito, cidadão estrangeiro, procurou convencer as proprietárias de uma quinta do concelho de Alenquer de que teria uma mala com 4, 8 milhões de euros e que pretendia investir 2, 5 milhões na aquisição daquela propriedade.
De acordo com a Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo da PJ, o detido dedicar-se-ia “a uma prática criminosa, vulgarmente designada por 'Euros Negros ou marcados'. Nesse sentido, o suspeito visitou a quinta do concelho de Alenquer e apresentou-se às duas proprietárias que exploram comercialmente a propriedade “como sendo filho de um general de um país africano, mostrando-se interessado em adquirir o imóvel, pelo qual ofereceu 2,5 milhões de euros”.
O indivíduo acrescentou que faria o pagamento em numerário, “uma vez que aguardava a chegada de um diplomata que lhe traria uma quantia que se cifrava em 4,8 milhões de euros, pretendendo aplicá-la toda na concretização de negócios imobiliários em Portugal”. Afirmou, no entanto, que “as notas vinham marcadas com um sinal para evitar que o transportador, mesmo sendo um diplomata, caísse na tentação de furtar a mala e, na sequência disso, conseguisse gastar o dinheiro”.
O indivíduo agora detido acrescentou que estas “marcas” nas notas tinham de ser retirada com uma solução química própria, o que custaria 300 mil euros e solicitou às donas da quinta que lhe adiantassem esse valor. “Para as convencer a entregar-lhe o dinheiro, prometeu reembolsá-las nesse montante, com um acréscimo de 15% dos 4,8 milhões de euros”, mas as senhoras perceberam o logro, recusaram o negócio e participaram os factos à Polícia Judiciária.
“Além da detenção do suspeito, que atuava com nomes e documentos falsos, a Polícia Judiciária realizou também buscas domiciliárias e não domiciliárias, tendo apreendido um abundante e relevantíssimo acervo probatório da prática deste tipo de crimes”, conclui a PJ
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