Jorge Talixa
Aumento da água gera discussão em Vila Franca
A proposta de tabela de taxas e tarifas dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Vila Franca de Xira foi aprovada, por maioria, mas a oposição municipal criticou o aumento de 0, 5 por cento nas tarifas da água. A maioria PS justifica a medida com o aumento de 0, 9 por cento na água que compra à
Epal. Com votos contra da CDU e votos favoráveis de PS, coligação Nova Geração e Chega, a Câmara de Vila Franca de Xira aprovou, no dia 28, a Tabela de Taxas e Tarifas dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) para 2022. O aumento de 0, 5 por cento no preço da água foi a questão que mais
controvérsia gerou, com a oposição a considerar que os SMAS teriam condições financeiras para não “sobrecarregar” os munícipes com mais este aumento e a maioria PS a sublinhar que a água fornecida pela EPAL teve um aumento de 0, 9 por cento e que é necessário atenuar o impacto deste agravamento de
custos. “É uma opção de natureza política. Com o nosso voto favorável, nos últimos anos não houve aumentos na tabela de preços da água, nem nas tarifas aplicadas. Também porque os últimos anos foram anos de muitas dificuldades para as famílias e para os trabalhadores,
concluiu-se na Câmara que não havia necessidade de aumentos nas condições actuais”, frisou Nuno Libório, vereador da CDU, considerando que “os SMAS conseguiriam garantir receitas mais do que suficientes para continuar a investir e a apostar na sua modernização” sem avançar para este aumento de tarifas.
Arlindo Dias, vereador com o pelouro da gestão financeira e membro do conselho de administração dos SMAS, lembrou que a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) recomendou um aumento de 0, 9 por cento na linha do acréscimo aplicado pela Epal no fornecimento de água aos
municípios. “Estes 0, 5 por cento são inferiores à orientação da ERSAR enquanto entidade reguladora. Ao facturarmos com os 0, 5 por cento estamos a compensar 0, 4 por cento, porque a EPAL nos vai vender a água mais cara 0, 9 por cento. Esta diferença é da responsabilidade dos SMAS,
que assim também acondicionam os níveis de investimento e de obras que se justificam”, afirmou Arlindo Dias, vincando que, com estes 0, 5 por cento, “o pagamento à EPAL é mantido e é dado bom andamento às obras em curso que se impõem”.
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