Jorge Talixa
Assembleia da Póvoa e do Forte exige medidas na saúde
A Assembleia da União de Freguesias da Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa reuniu, em sessão extraordinária, na passada quinta-feira, para discutir os graves problemas de falta de médicos de família. Os eleitos locais aprovaram um comunicado que exige medidas e prometem organizar acções “mais assertivas” que envolvam a população e dêem mais visibilidade ao problema.
Convocada exclusivamente para debater o agravamento das condições de funcionamento dos centros de saúde da mais populosa união de freguesias do concelho de Vila Franca, a assembleia aprovou um documento que faz o historial do trabalho desenvolvido pela comissão de saúde criada em Abril de 2022.
Paulo Barroca, presidente da Assembleia da União de Freguesias, enumerou mais de uma dezena de reuniões já realizadas com a Administração Regional de Saúde (ARS), o Agrupamento de Centros de Saúde, a Ordem dos Enfermeiros, a Assembleia Municipal e o Presidente da Câmara e, nas últimas semanas também, com a Associação de Utentes da Póvoa e do Forte e com a administração do Hospital de Vila Franca.
Embora tenham recebido promessas da ARS de que iria tentar “suavizar” os problemas existentes, o certo é que, de acordo com o comunicado agora aprovado, a União de Freguesias da Póvoa e do Forte tem apenas três médicos de família para cerca de 41 mil utentes, o que significa que mais de 30 mil habitantes não têm médico atribuído.
Mais grave ainda é a situação da Unidade de Saúde do Forte da Casa que não tem nenhum médico desde o início de janeiro. O documento agora aprovado manifesta a “indignação” dos eleitos locais pela situação a que se chegou, considera “inaceitável” o actual estado da unidade de saúde do Forte da Casa e promete “endurecer” posições em articulação com os utentes.
Reclama, também, uma reunião “imediata” com o Agrupamento de Centros de Saúde (alegadamente pedida há já 4 meses), a resolução dos problemas de atendimento dos utentes pelos serviços, a implementação de uma Unidade de Saúde Familiar Modelo B e atribuição de incentivos que ajudem a fixar médicos.
O comunicado será, também, enviado ao Presidente da República, ao ministro da Saúde, à ARS, ao ACES e aos grupos parlamentares.
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