Jorge Talixa
André Rijo suspende mandato e pode deixar Câmara em Março
André Rijo suspendeu, no início desta semana, o exercício do cargo de presidente da Câmara de Arruda dos Vinhos, porque integra a lista de candidatos do PS às próximas Legislativas pelo círculo eleitoral de Lisboa. Carlos Alves, vice-presidente da Câmara arrudense, assume, assim, a liderança do executivo municipal de Arruda, pelo menos até 10 de Março.
Mas André Rijo tem fortes possibilidades de ser eleito para a Assembleia da República e até mesmo de vir a integrar um eventual futuro governo do PS. Já se sabia que, a completar um terceiro mandato consecutivo na liderança da Câmara de Arruda, André Rijo não poderia, legalmente, voltar a concorrer ao cargo nas autárquicas de 2025.
Antevia-se, por isso, que o dirigente socialista de Arruda seguiria o seu percurso na política nacional a partir de 2026. Mas a ‘queda’ do governo e a antecipação das eleições Legislativas veio alterar e “acelerar” este cenário.
É conhecida a amizade pessoal entre André Rijo e Pedro Nuno Santos (novo líder nacional do PS e candidato a primeiro-ministro) e o até agora autarca de Arruda decidiu aceitar o convite para integrar as listas do PS para as eleições de 10 de Março num lugar (15o) potencialmente elegível, uma vez que os socialistas costumam eleger 15 a 20 dos 48 deputados atribuídos ao círculo de Lisboa.
Em comunicado divulgado no passado dia 26, André Rijo assume um “misto de emoções” e que este foi um dos comunicados “mais difíceis” que teve que escrever. “Recebi um convite, da parte de alguém que muito admiro e prezo, e que nunca virou costas aos arrudenses, tendo impulsionado processos tão importantes como a requalificação do Bairro João de Deus e a construção da Variante Rodoviária Externa à Vila, e agora não poderia eu voltar-lhe costas”, sublinha André Rijo, referindo-se notoriamente a Pedro Nuno Santos.
“Após uma reflexão difícil e muito complexa, decidi aceitar esse convite de ser candidato a Deputado da Nação, pelo círculo de Lisboa”, explica André Rijo, que admite que “esta foi uma decisão muito difícil, tal como tantas outras que tive de tomar ao longo destes mais de 10 anos à frente dos destinos da Câmara de Arruda dos Vinhos, mas também nesta decisão, procurei colocar Arruda e os Arrudenses sempre à frente!”, afirma, lembrando que em 2019 já tinha sido convidado para integrar o Governo como secretário de Estado, num convite que “muito o honrou”, mas decidiu, nessa altura, declinar o convite.
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