Jorge Talixa
Temporada taurina reduzida a 48 espectáculos
A temporada taurina portuguesa ficou, este ano, reduzida a 48 espectáculos, devido às restrições motivadas pela pandemia e à demora na definição de regras para a retoma das corridas de toiros.
As limitações impostas à lotação das praças de toiros também contribuíram para que o número de espectáculos baixasse dos 207 de 2019 para os 48 de 2020. Ainda assim, a Prótoiro-Federação Portuguesa de Tauromaquia sublinha que,
apesar das circunstâncias difíceis, o sector “resistiu e mostrou a sua vitalidade”. “A temporada ficou marcada pelos impactos da covid-19, com uma grande redução de espectáculos,
mas por uma forte afluência de público e pela união do setor para se adaptar à pandemia”, sustenta a Prótoiro, num primeiro balanço da temporada tauromáquica de 2020. “Foi positivo e demonstrou a grande vitalidade deste importante sector cultural,
um dos poucos que mostrou conseguir sobreviver apenas graças ao público e sem o apoio de dinheiros públicos”, salienta a federação. Esta realidade veio, no entanto, “interromper a tendência de crescimento do setor nos últimos 3 anos,
que obteve 469 mil espectadores em touradas no ano de 2019. A retoma dos espectáculos deu-se na segunda metade de Julho, em Estremoz, depois de uma luta intensa e tenaz de todo o setor por um tratamento igualitário e para a definição das
regras de funcionamento dos espectáculos tauromáquicos, por parte do Ministério da Cultura e da Direcção-Geral de Saúde”, vinca a Prótoiro, realçando as corridas realizadas nas principais praças de toiros do país, como foram os casos do Campo
Pequeno, Alcochete, Moita, Coruche, Vila Franca de Xira, Santarém, Évora e Figueira da Foz. “Foi um dos poucos setores culturais que funcionou com a normalidade possível entre os meses de Julho e Outubro”, conclui a Prótoiro.
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