Misericórdia de Alhandra tem primeiros testes
O lar da Misericórdia de Alhandra foi o primeiro, no concelho de Vila Franca de Xira, a beneficiar da operação liderada pelo Ministério da Solidariedade Social para a realização de testes ao covid-19. Tratando-se da unidade de apoio à terceira-idade com maior número de utentes no concelho, foi escolhida para um conjunto de testes realizados aos funcionários na tarde de terça-feira. Os resultados ainda não são
conhecidos. A operação arrancou ao final da tarde. O Lar da Associação do Hospital Civil e Misericórdia de Alhandra tem, actualmente, 120 utentes e perto de 100 trabalhadores. "Fui contatado pela secretária da Secretária de Estado, referindo que viriam cá hoje fazer testes na sequência daquilo que a ministra tinha avançado
recentemente, que iriam começar as averiguações de despiste da Covid-19. Foi montado um cenário com três ambulâncias da Cruz Vermelha e quinze operacionais deles e os restantes são colaboradores da Misericórdia. Os testes estão a ser feitos neste momento e espera-se amanhã, vinte e quatro horas depois, pelos resultados”,
explicou José Alves, provedor da AHCMA, em declarações ao Voz Ribatejana. “Convém que as pessoas tenham calma. Não é uma situação em que haja algum problema neste momento. Amanhã (quarta-feira) logo saberemos. Agora, não temos nenhuma desconfiança. Não há alarme nenhum. Não há nada. Esta ação é apenas o que a
ministra tornou público para os lares", disse José Alves ao Voz Ribatejana. "Começaram por Alhandra porque tem o maior número de utentes. Foi o critério em detrimento em relação aos restantes existentes no concelho de Vila Franca de Xira. Demonstra realmente o empenhamento que o Ministério tem relativamente a este assunto, que me
pareceu que tinha andado um pouco esquecido, mas nunca é tarde para acertarmos o passo. É importante. Considero essencial a prevenção que se consegue fazer com material e equipamentos de protecção individual, que neste momento está a escassear. Esta será outra das partes mais importantes deste processo que pedimos além dos
testes que são importantíssimos", desenvolveu o provedor, agradecido por esta medida que pretende a minimização do efeito de contaminação e de propagação do coronavírus nos lares. "Pelo que sei os testes vão ser feitos aos funcionários, provavelmente, parece-me com alguma lógica porque, em princípio, os utentes não
terão nada. Os funcionários que lá temos do exterior são enfermeiros. Ninguém mais lá vai teoricamente. Eles estão resguardados ali dentro. Não devem de ter nada. O nosso maior receio é com os colaboradores que andam na rua. Temos sentido serem os colaboradores a serem os primeiros visados com o teste. Esperemos que amanhã que o
resultado seja negativo. Era esse o nosso maior desejo. Ficaríamos muito mais descansados", explicou José Alves, sublinhando que "aos funcionários é difícil arranjar palavras de maior incentivo do que aquilo que eles próprios têm sentido lá dentro e se têm disponibilizado. Não há palavras para agradecer-lhes. Não haverá nunca nada que
irá pagar o esforço que fazem neste momento a trabalhar sete dias seguidos durante doze horas. É um elogio, mas que não precisam, porque na realidade estão a fazer com vontade, com determinação e a encarar uma situação difícil que os incentiva a terem um coração cada vez maior”, concluiu.
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