Jorge Talixa
Juíza acusa Rosa Grilo mas há mais “provas”
A juíza presidente do colectivo do Tribunal de Loures que está a julgar o caso Luís Grilo emitiu, esta semana, um novo despacho, onde introduz uma nova alteração aos factos constantes da acusação e considera que terá sido Rosa Grilo a empunhar a arma e a
consumar o homicídio. A defesa da viúva contesta mais esta alteração e revelou, já esta sexta-feira, factos novos que levaram a GNR a regressar à casa das Cachoeiras onde se terá dado o crime para recolher novas provas. A magistrada do Tribunal de Loures
explicou que, por erro informático, a parte das alterações à acusação que responsabiliza directamente Rosa Grilo não foi apresentada na última sessão do julgamento, no passado dia 10 de Janeiro. Mas Tânia Reis, advogada de Rosa Grilo, considera que mudar a acusação no que diz respeito à autoria material do crime não
pode ser considerada uma “alteração não substancial”. Por isso, vai contestar o despacho do colectivo, apresentar novas testemunhas e solicitar mais diligências, procurando também comprovar que a viúva não saberia manejar a arma. Certo é que, já nesta sexta-feira, a moradia das Cachoeiras foi alvo de novas buscas do núcleo de
apoio técnico da GNR. Um consultor forense (antigo agente da Judiciária) contratado pela defesa terá encontrado na casa um invólucro suspeito de estar relacionado com a arma utilizada no crime. Tânia Reis também esteve no local e disse, ao Voz Ribatejana, que vai indicar este consultor como testemunha e espera que a PJ, depois das perícias
que venha a fazer às novas provas recolhidas, também acrescente novos dados ao processo. Por isso, a causídica julga que não será possível ler a sentença na sessão do julgamento já marcada para a próxima terça-feira, onde já se sabe que serão ouvidas mais duas testemunhas indicadas pela defesa de Rosa Grilo.
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