Jorge Talixa
Vila Franca tem 9 500 utentes sem médico de família
O concelho de Vila Franca de Xira tem, actualmente, cerca de 9500 utentes sem médico de família. O número foi divulgado na última sessão camarária, onde a CDU questionou a situação e o facto de muitos utentes ainda se sentirem obrigados a esperar de madrugada pela marcação de consultas. A maioria PS destaca, contudo, a melhoria verificada nos últimos anos. A Póvoa de Santa Iria é a freguesia mais afectada.
Cláudia Martins, vereadora da CDU, quis saber o que é o executivo camarário tem feito para tentar melhorar a situação da falta de médicos e explicou que ela própria constatou que há pessoas que continuam a esperar desde as 4 e 5 da manhã à porta do Centro de Saúde de Alhandra para marcarem uma consulta de recurso. Também
Regina Janeiro observou que subsistem problemas graves neste domínio e que, só na área da Póvoa de Santa Iria, haverá cerca de 4400 pessoas sem médico atribuído. “Continuamos a ter bastantes pessoas que vão para as portas dos centros de saúde às 4 e 5 da madrugada para terem consulta”, lamentou. Alberto Mesquita, presidente da
Câmara vila-franquense, observou, por seu turno, que, de acordo com dados fornecidos, em Dezembro, pelo Agrupamento de Centros de Saúde (ACES), há 9548 utentes do concelho de Vila Franca sem médico atribuído. “O que nos têm dito é que, em vez de estarem esse tempo todo à espera, os utentes podem recorrer ao
atendimento complementar no Centro de Saúde de Alverca”, vincou o edil. Já Fátima Antunes, vereadora do PS com o pelouro da saúde, salientou que, na última reunião com o ACES do Estuário do Tejo, foi fornecido este dado dos 9548 utentes do concelho actualmente sem médico. “Em Alhandra está em falta um médico. Em Alverca, o número
de utentes sem médico corresponde à necessidade de aproximadamente mais um médico e meio, porque cada médico pode ter uma listagem de 1500 a 1900 utentes”, explicou a eleita do PS, sublinhando que na Extensão de Saúde do Bom Sucesso-Arcena haverá cerca de 300 utentes sem médico, mas há horas de médicos
contratados a empresas que prestam ali serviço. “Na Póvoa de Santa Iria faltam três médicos e em Vialonga falta um também, mas estas pessoas têm médicos de empresas que dão consultas nos centros de saúde e respondem a estas necessidades todos os dias. É uma situação que estamos a acompanhar”, afiançou Fátima Antunes.
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