Jorge Talixa
Julgamento do caso Grilo está perto das decisões
A sentença do julgamento do caso Luís Grilo deverá ser lida até final do ano. As alegações finais estão marcadas para a próxima terça-feira. Na sessão de ontem, a viúva Rosa Grilo pediu para voltar a falar, reafirmando que está inocente e acusando os
inspectores da Polícia Judiciária (PJ) de terem escolhidos os alvos mais fáceis. No julgamento, que decorre no Tribunal de Loures, voltaram a ser ouvidos, esta terça-feira, dois inspectores da PJ e um perito de balística. Depois, no final da sessão, a juíza presidente do colectivo perguntou aos arguidos se tinham mais alguma coisa para
acrescentar. António Joaquim não falou, mas Rosa Grilo garantiu que não tinha nada a beneficiar com a morte do marido e que desconhecia a existência dos seguros de vida que poderiam conduzir a indemnizações da ordem dos 500 mil euros. A viúva do triatleta e empresário Luís Grilo acusou os inspectores de a perseguirem como “um alvo
fácil” e de não terem explorado devidamente outras “linhas de investigação” que não fossem a responsabilização dela própria e do amante António Joaquim. Rosa Grilo estranhou que a PJ não tenha investigado a pessoa com quem o marido, segundo referiu, “mantinha uma relação íntima” e disse que o filho não merece perder também a
mãe. Os advogados de defesa garantem que mantêm a sua confiança na absolvição dos seus clientes. Ricardo Vieira, advogado de António Joaquim, mantém que houve falhas graves na recolha de provas. Tânia Reis, advogada de Rosa Grilo, observou que a sua cliente não liga a bens materiais e que, por isso, não sabia dos seguros.
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