Juíza aponta novas contradições a Rosa Grilo
O julgamento do caso do homicídio do empresário e triatleta Luís Grilo começou, esta terça-feira, no Tribunal de Loures. A sessão foi preenchida com a identificação dos arguidos e com intervenções iniciais do Ministério Público e dos advogados de defesa da viúva Rosa Grilo e do oficial de justiça António Joaquim. Rosa Grilo manteve as declarações do primeiro interrogatório feito perante a Juíza de Instrução de Vila Franca de Xira, afirmando que foram três angolanos a matar o marido por causa de negócios de diamantes. A inquirição da juíza presidente do
colectivo detectou, no entanto, mais algumas “contradições” no relato de Rosa Grilo e Ana Clara Baptista chegou mesmo a referir que só queria perceber o que a arguida dizia “com alguma sequência lógica”. Rosa Grilo começou por ter algumas dificuldades em explicar por que é que dias antes da morte do marido comprou bilhetes para o Festival de Vilar de Mouros, onde se terá deslocado com António Joaquim quando decorriam as buscas por Luís
Grilo. A arguida teve, também, dificuldades em explicar como é que deixou o filho sozinho em casa com um estranho (um dos alegados angolanos) durante quatro horas e como é que arma de António Joaquim foi parar a sua casa. O procurador da república afiançou que vai procurar provar os factos constantes da acusação e cumprir o objectivo de descobrir a verdade. Os advogados de defesa contestaram algumas conclusões e alguns dos
métodos da investigação e Tânia Reis, advogada de Rosa Grilo, disse mesmo que alguns factos foram “completamente deturpados” na investigação. O julgamento prossegue no dia 17 ainda com o depoimento de Rosa Grilo, que vai responder ao Ministério Público e aos advogados de defesa e da assistente (irmã de Luís Grilo, que representa o filho menor).
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