Jorge Talixa
Passagem de nível de Vila Franca vai mudar de sítio
A passagem de nível que dá acesso ao cais de Vila Franca de Xira deverá ser deslocada cerca de 250 metros para sul, de acordo com um entendimento já alcançado entre a Câmara e a Infraestruturas de Portugal. A medida visa melhorar as condições de segurança daquela travessia, uma vez que a passagem ficará numa zona de maior visibilidade. Será, no entanto, uma medida provisória, até que avance uma passagem definitiva de acesso à frente ribeirinha, que poderá vir a ser subterrânea. Esta iniciativa pretende melhorar as condições de segurança da
travessia da linha-férrea, onde nos últimos anos já ocorreram mais de duas dezenas de acidentes com vítimas mortais. Ainda não está definido quem suportará e quando começarão as obras, mas o assunto voltará a ser abordado numa nova reunião da edilidade vila-franquense com a IP já prevista para este mês de Janeiro. Certo é que a ideia é deslocar a passagem de nível para a zona de ligação entre a Rua 1º. de Dezembro e o Largo 5 de Outubro, construindo também uma via de ligação à Fábrica das Palavras e ao cais, já prevista no loteamento dos
Jardins do Arroz (empreendimento previsto para os terrenos ao lado da biblioteca municipal). Paralelamente, o entendimento obtido entre a Câmara e a IP prevê que a passagem superior pedonal existente na zona da antiga lota passe a estar disponível 24 horas por dia e que se inicie desde já o processo de estudo do projecto da passagem definitiva. O assunto foi abordado em sessão camarária pelo vereador Nuno Libório, que quis saber se já há entendimento entre a edilidade e a IP. “Estamos perante uma nova solução e todos desejamos que da parte
da IP sejam dados passos para resolver um problema que há muito é conhecido”, observou. Alberto Mesquita, presidente da Câmara vila-franquense, explicou que, na última reunião que a autarquia manteve com a IP, assentou-se no desenvolvimento de duas alternativas. “A primeira é passar a passagem de nível para uma zona mais segura em termos de visibilidade, a 250 metros a sul daquela, o que para nós não é uma solução excelente, mas é bem melhor do que aquilo que temos. Só tem um senão. Será uma passagem rodoviária e pedonal e o
terreno não é da Câmara. Terá que se criar uma via (paralela à linha) que está prevista no loteamento. Aquele terreno não é nosso, mas tanto a Câmara como a IP irão junto do Novo Banco e estamos esperançados que esta situação possa ser resolvida no que diz respeito à utilização do terreno”, explicou Alberto Mesquita, frisando que a nova passagem está prevista para o topo sul do terreno anexo à Fábrica das Palavras, na zona onde existe uma vedação. Para Janeiro está prevista uma nova reunião entre a Câmara e a IP “para dar sequência ao que falámos, porque é preciso saber o que é necessário fazer, quanto custa e quem vai pagar”, salientou o edil, referindo que também vai ser preciso desviar uma catenária ali existente.
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