Grupo turco compra Cimpor por 700 milhões

A Cimpor foi vendida a um grupo cimenteiro turco por cerca de 700 milhões de euros. O negócio foi confirmado, esta semana, pelo grupo brasileiro que detinha a Cimpor Portugal e Cabo Verde. O grupo turco Oyak (comprador) compromete-se a manter “as estruturas humanas" que actualmente compõem a Cimpor, que tem a sua principal fábrica portuguesa instalada na vila de Alhandra. Os brasileiros da Camargo Corrêa anunciaram, em comunicado, que “a InterCement e a Cimpor assinaram com o Grupo Oyak um contrato que tem como objeto a venda de todos os ativos que compõem a Unidade de Negócio de Portugal e Cabo Verde.

Esta transação enquadra-se no plano de redução da dívida do grupo publicamente anunciado pela InterCement e pela Cimpor, em resposta à adversidade que se tem observado nos mercados da América do Sul, especialmente no Brasil”, lê-se na informação tornada pública. No início deste ano, o Voz Ribatejana teve conhecimento das negociações e de que esta operação de venda da Cimpor Cimentos de Portugal SA estaria para breve, algo que a empresa, detida na altura pela InterCement Participações SA (Camargo Corrêa), optou por não comentar, considerando que não alimentaria rumores de mercado. Contudo, a venda de todos os ativos que compõem a Unidade de Negócio de Portugal e Cabo Verde confirmou-se na passada sexta-feira.

O relatório de contas de 2017 da empresa referia prejuízos de 439,3 milhões de euros. A venda neste momento da Unidade de Portugal e Cabo Verde faz parte de um plano de redução da dívida do grupo publicamente anunciado. O grupo comprador, segundo apurámos, emprega cerca de 30 mil pessoas em 19 países e teve, no ano passado, um volume de negócios de 10,2 mil milhões de dólares. A aquisição deve-se a um “interesse estratégico de internacionalização e ao potencial que a agregação da Cimpor Portugal e Cabo Verde poderia ter num contexto de “know-how, operacionalidade, escala, posicionamento geográfico e capacidade exportadora”. Atualmente, a Oyak Cement é líder de mercado na Turquia.

Saiba mais na Edição impressa de 31 de Outubro do Voz Ribatejana