Jorge Talixa
Caixa confirma fecho do balcão de Alhandra
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) confirma que o balcão de Alhandra está incluído nos cerca de 70 que pretende encerrar já no final de Junho. A Câmara de Vila Franca já contestou a medida junto da administração da CGD, do Ministério das Finanças e do gabinete do primeiro-ministro. A Junta de Alhandra reúne esta noite as forças políticas locais para tentar concertar iniciativas conjuntas contra a medida, que vai deixar uma união de freguesias com cerca de 14 mil habitantes reduzida a um balcão bancário e a três caixas multibanco. A CGD justificou, esta segunda-feira, em comunicado, as razões ao encerramento de cerca de 70 agências em todo o País,
lembrando que esse compromisso foi assumido pelo Estado português aquando da aprovação pela União Europeia do processo de capitalização da Caixa. Segundo a mesma nota, este plano de encerramentos incidirá mais sobre as regiões da Grande Lisboa e do Grande Porto. “As agências a encerrar foram objeto de análise e, além da sua atividade e resultado económico, foram tidas em consideração questões como as acessibilidades a outras agências da CGD e a mobilidade da população”, afiança a Caixa, afirmando que os clientes continuarão as beneficiar das mesmas condições de serviços nas novas agências a que ficarão ligados.
As explicações da CGD não convencem os autarcas locais e a Junta da União de Freguesias de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz promove, já esta noite (21h00), um debate público, no salão do Alhandra Sporting Club, com a participação de representantes de várias forças políticas, instituições, colectividades e população. “Estarão em discussão as formas de ação a tomar para travar a intenção do governo de encerrar o balcão de Alhandra da CGD”, sustenta a autarquia, prometendo promover “todas as diligências necessárias, em conjunto com as populações, instituições,
coletividades e comércio, para que a agência da Caixa Geral de Depósitos se mantenha na vila de Alhandra e ao serviço dos habitantes da União de Freguesias”. Já a Câmara de Vila Franca de Xira sublinha que esta é “uma decisão socialmente inadequada” e que, tratando-se de um banco público, este tipo de decisões “não pode ser norteado por critérios meramente economicistas”. Considerando que esta medida “irá prejudicar severamente a população de Alhandra, em particular a população idosa, com maiores dificuldades de mobilidade e de acesso aos serviços de banca eletrónica, a edilidade vila-franquense diz já ter manifestado formalmente a sua discordância junto da administração da caixa, do Ministério das Finanças e do gabinete primeiro-ministro.
Saiba mais nas edições impressas de 6 e de 20 de Junho do Voz Ribatejana