Jorge Talixa
EB 2.3 de Vialonga vai ter obras de 4 milhões
A Escola Básica dos 2º. e 3º. Ciclos de Vialonga, considerada uma das que tem piores condições de funcionamento no concelho de Vila Franca de Xira, vai ter um projecto de requalificação e ampliação estimado em cerca de 4 milhões de euros. O primeiro passo foi dado esta sexta-feira com a assinatura de um acordo entre a Câmara e o Ministério da Educação para a execução do projecto. O concurso e a obra devem avançar em 2019.
Inaugurada em 1988 com capacidade para 600 alunos, a EB 2.3 de Vialonga tem hoje cerca de 1200 alunos e, em 30 anos, praticamente não beneficiou de obras significativas de manutenção. Sobrelotada, a escola tem parte das turmas a funcionar em contentores sem climatização, blocos e recreio com coberturas de amianto, rede eléctrica insuficiente e degradada, salas com infiltrações e alunos obrigados a percorrer quase um quilómetro a pé para terem aulas de educação física ou de música.
Em 2010, a Parque Escolar chegou a planear um investimento de 16 milhões de euros na EB 2.3 de Vialonga, mas o processo parou com a entrada em funções do primeiro governo de Passo Coelho. Associação de Pais, professores e autarcas locais têm desenvolvido as mais variadas iniciativas, desde petições a abaixo-assinados, passando por concentrações e vigílias, mas o projecto nunca mais foi desbloqueado e a escola degrada-se de ano para ano.
Agora, o Ministério da Educação e a Câmara de Vila Franca de Xira assinaram um Acordo de Cooperação Técnica para a Requalificação e Modernização da EB 2.3 de Vialonga. O programa funcional prevê um investimento na casa dos 4 milhões de euros, com uma requalificação global das instalações, a construção de novas salas, a cobertura do recinto utilizado nas aulas de educação física e a construção de um auditório para ensaios e actividades da Associação Orquestra de Vialonga.
Pais e Junta de Vialonga mostram-se satisfeitos com o avanço do processo, mas acham que o montante previsto “sabe a pouco” e que a freguesia e a escola precisam e merecem um projecto de maior dimensão, que permita também alargar a o seu funcionamento ao ensino secundário. Câmara e Ministério sustentam que é o investimento possível nesta altura e que escola ficará com muito melhores condições de funcionamento.
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