“Terra Franca” de Leonor Teles ganha prémio em Paris
Baseada na vivência e nas ligações familiares e comunitárias de um pescador de Vila Franca de Xira, a primeira longa-metragem de Leonor Teles ganhou o prémio da Competição Internacional no 40º. Festival de Cinéma du Réel que se realiza em Paris. A Câmara vila-franquense congratulou-se com a distinção e promete avaliar uma proposta do Bloco de Esquerda para criar, em Vila Franca, um festival de cinema ligado à temática do realismo.
Leonor Teles, que completa 26 anos no final de Abril, explica que este “Terra Franca”, filmado em Vila Franca de Xira, é um retrato de família, o retrato de um pescador e da união da sua família e dos que lhe estão mais próximos. O pescador vila-franquense Albertino Lobo é a personagem central do filme, produzido pela empresa “Uma Pedra no Sapato”.
“À beira do Tejo, numa antiga comunidade piscatória, um homem vive entre a tranquilidade solitária do rio e as relações que o ligam à terra. “Terra Franca” retrata a vida deste pescador, atravessando as quatro estações que renovam os ciclos da natureza e acompanham as contingências da vida de Albertino Lobo”, explica a sinopse do filme.
Já na quarta-feira, a Câmara vila-franquense aprovou um voto de congratulação por mais esta distinção obtida por Leonor Teles e pelo seu contributo para a afirmação internacional de Vila Franca de Xira. Carlos Patrão, vereador do Bloco de Esquerda, sugeriu a criação, em Vila Franca, de um festival de cinema ligado a estas questões do realismo.
“A nossa terra está muito ligada a este tipo de estética sobre o real e sobre a contemporaneidade. E também é um factor que distingue Vila Franca de outros concelhos. Poderíamos aproveitar este prémio e criar um evento sobre esta temática”, defendeu Carlos Patrão.
“Ficava bem a Vila Franca e distinguia-se de outros festivais que existem no nosso País. E também nos poderia incluir dentro desse roteiro de festivais de cinema que existem em Portugal”, vincou. Alberto Mesquita, presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, reconheceu que a organização de um festival “é uma ideia interessante” e prometeu ver se é possível.
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