Jorge Talixa
Soluções procuram-se para a passagem de nível de Vila Franca
As forças políticas representadas na Câmara reclamam medidas para minimizar os riscos da passagem de nível de Vila Franca de Xira e reconhecem a necessidade de encerrar uma passagem onde, nos últimos 12 anos, já terão ocorrido mais de 20 acidentes mortais. O problema é que não há entendimento entre a Câmara e a Infraestruturas de Portugal no que diz respeito à construção de uma passagem rodoviária alternativa.
E a passagem de nível não pode ser desactivada sem essa alternativa, uma vez que é a única via de acesso ao cais e à biblioteca municipal da cidade. Até que haja soluções definitivas há quem defenda a recolocação de um guarda nesta passagem. Mas a Infraestruturas de Portugal diz, em resposta ao Voz Ribatejana, que competirá à Câmara fazer as obras necessárias à criação de uma alternativa de circulação.
Já Alberto Mesquita, presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, defende que é preciso estudar outras opções que não passem pela construção de uma passagem rodoviária superior metálica que comece junto à praça de toiros e passe junto à linha-férrea. O edil considera que antes de avançar deverão ser analisadas outras soluções, como a possibilidade de uma passagem inferior. E considera que o assunto deve passar por um entendimento entre a Câmara, a Infraestruturas de Portugal e a CP.
“É verdade que se tem feito um investimento grande nas passagens superiores alternativas mas que não é suficiente”, admitiu Alberto Mesquita. “Aquela passagem de nível tem mesmo que ser encerrada. As pessoas estão habituadas ao longo dos anos a passarem por ali e há regras de segurança que têm que ser acauteladas e às vezes não são. O que é um facto é que independentemente das barreiras há pessoas que passam quando não deviam passar. A situação só se resolve com o fecho da passagem de nível.
Vamos continuar a falar com a CP e com a Infraestruturas de Portugal sobre a necessidade de encontrar soluções”, garantiu o autarca do PS. Já a CDU defende, no imediato, a recolocação de um guarda na passagem de nível para minimizar os riscos. A IP sustenta, por seu turno, em resposta ao Voz Ribatejana, que “a referida passagem de nível está automatizada, dispondo de sinalização luminosa e acústica e barreiras, que são ativados de forma automática e antecipadamente aquando da aproximação do comboio.
O equipamento encontra-se em pleno funcionamento, sendo os peões alertados atempadamente da aproximação de comboio, inclusivamente pela descida das barreiras físicas”, conclui a empresa pública.
Saiba mais nas edições de 31 de Janeiro e 14 de Fevereiro do Voz Ribatejana